Dia 59

Sim, isto é uma foto. Tirada às escuras, sem flash.
Saiu tudo negro, porque foi esta a cor do meu dia de hoje. A cor do vazio.
O abismo negro dos medos e das incertezas, sobre o qual me inclino.
Talvez salte, abra as asas e voe...

Dia 57

Mensagem dos Deuses.
Ou, na versão muggle, apenas o rasto de dois aviões que se cruzaram por acaso no céu.

Dia 55

Ai, que desta vez é que foi... esqueci-me de tirar a foto ontem!!
Assumo, perante o mundo inteiro: eu, Hazel, vou fazer batota. Vou, sim.
Tirei a foto hoje, 25 de Fevereiro, e vou colocar a data de ontem, 24.
Pronto, está resolvido. Shhh... não digam mais nada.
Vocês perdoam, vocês perdoam. Vááááá...

Viajar através da Luz

O silêncio é um pedaço de tecido muito fino e translúcido, uma malha de luz entrelaçada pelas Fadas, que flutua, envolve-se suavemente em torno de mim e eleva-me no ar.

Os sons calam-se e resta apenas o vazio que me preenche. O nada que é tudo.

Não falo. A comunicação dá-se a um nível mais elevado e etérico.
A Luz flui através de mim.
Tornei-me translúcida, leve e serena.

Fecho os olhos e continuo a ver as cores todas do espectro, que dançam, expandem-se e formam combinações perfeitas, divinas.

Viajo. Atravesso as cortinas que separam os mundos de olhos fechados, sentindo a brisa morna através dos meus cabelos.

Encontro-me nua. Não levo absolutamente nada. A Luz que irradia a partir do centro de mim expande-se, atravessa a malha tecida de silêncio e invade todo o Universo.
Eu estou em cada fio de luz.
Eu não sou Eu.
Eu não Sou.
O Eu não existe. Apenas... a Luz.

 

Dia 54

Engenhoca para as crianças comerem com pauzinhos chineses.
Um elástico e um pedaço de papel dobrado.
Foi-me ensinado por um chef japonês (não confundir 'chef' com 'chefe', certo?).

English Spoken!

Todas as manhãs, sempre com o ponteiro do relógio que não perdoa um segundo a empurrar-me o rabo (fica feio escrever "rabo"?), levo o L. à escolinha. E vocês sabem lá.

Come. Come. Come. Come. Olha o tempo a passar. Anda lavar os dentes. Bochecha. Cospe.
Olha, cuspiste a camisola. Anda cá trocar. Veste o casaco. Enfia o braço. Anda. Despacha-te.
Onde é que está a minha mala? Deixa o gato. Vai descendo as escadas. Anda.
[Ah... estou a ver esta introdução como um eficaz anticoncepcional em larga escala. Quem estava na dúvida sobre ter ou não filhos, já ficou esclarecido, hã?]

Entretanto, este nosso emocionante safari matinal ganhou um novo grau de dificuldade.

Só porque me lembrei que enquanto vou a conduzir até à escolinha, podia aproveitar esse tempo para fazer algo útil e interessante: ensinar inglês ao L..

E passei a conversar com ele em inglês. Com frases curtas e expressivas.

- Oh, look, a dog!
- What's that? A truck!
- Do you need a handkerchief?
- Hurry up!
- Let's find a place to park the car.
- Can you unfasten your seatbelt?
- Take off your coat.
- Give mummy a kiss.
- Behave.

Ele fica muito calado e atento. Depois de alguns dias, começou a associar as palavras às situações e a apreciar a aprendizagem de uma nova língua. Quando vou buscá-lo à tarde, pede-me para continuar a falar em inglês. E quando passamos pelo supermercado, quer que eu diga em inglês o nome de todos os legumes (nota mental: ver como se diz "chuchu").

Tem sido tão enriquecedor, que deixo esta sugestão a todos os pais e mães que saibam falar outra língua além da de Camões. As crianças são muito mais inteligentes do que julgamos...

E agora, please excuse me, que eu vou ali ao dicionário ver como se diz "ranho" em inglês.
É das tais palavras que não se aprendem numa sala de aulas, mas fazem parte do dia-a-dia de uma mãe. :)

Em tempo: ranho = snot

Dia 53

Este fantástico engenho com dois ponteiros, um pequeno que anda devagar e outro maior que anda um pouco mais depressa, dá pelo nome de relógio.

Serve para medir algo que não existe: o tempo.
Só tenho um relógio, o mesmo que uso há cerca de 10 voltas da Terra em torno do Sol. Não preciso nem quero mais nenhum.

O relógio pressiona-me. Sinto que os seus ponteiros obstinados me empurram.
E ninguém gosta de ser empurrado.

Quando os ponteiros não se encontram na posição desejada, as pessoas zangam-se. E ralham. Parece que o assunto é grave e sério. Uhhh

Inevitavelmente, um dia, acaba-se o tempo de vida das pessoas e elas vão-se.

Mas os relógios, esses, não se importam. Continuam a fazer tic-tac, enquanto avançam teimosamente os ponteiros medidores do tempo que não existe e pressionam as gerações seguintes. E as seguintes. E as seguintes. E as seguintes. Ad nauseam!

Dia 52

Ambientador natural para WC.
Não sei o que gosto mais; se é o facto de ser natural ou o facto de ser grátis.
Já contei que sou forreta?
Apanham-se bolas de eucalipto, colocam-se num cesto e a humidade dos banhos activa o seu cheiro.

Às vezes, deito-lhes umas gotas de óleo essencial perfumado.

Quando já não libertam odor, devolvem-se à Natureza e apanha-se mais. Afinal, é grátis!

Dia 51


Sou uma pessoa de gostos simples.
Basta-me a minha cama, um livro e leite com cevada. Isto é o meu maior luxo.
Não preciso de mais nada.

Casa Claridade - 3 anos a blogar!

Como o tempo voa...
Sabiam que hoje a Casa Claridade celebra 3 anos de vida? Aham.
Três anos inteiros a escrever que nem uma doida.
Em que fiz muitos amigos, dos bons. Aprendi. Partilhei. Recebi beijos, abraços e presentes vossos. Ri-me. Chorei. Acreditei. Fui feliz.
E nunca desisti.

Agradeço do fundo do meu coração e com toda a minha Alma, a si, leitor que acompanha este blog.

Obrigada por me fazer companhia nesta viagem.
Venham cá esses ossos num abracinho!

Ora, temos música de festa a tocar e vinho tinto alentejano para brindar. Tchim-tchim. À nossa!


Enquanto celebramos, aqui vão algumas curiosidades:

A Casa Claridade é lida em 134 países.
Já escrevi 636 posts.
E recebi 16.026 comentários.
Tem 232.439 leitores no Brasil e 110.709 leitores em Portugal.

Algumas das palavras-chave mais absurdas e hilariantes digitadas por pessoas que vieram aqui parar (e olhem que não estou a colocar as piores...):

porque é que as pessoas deitam cuspo quando falam?
ácido anti chulé
Angelica fuma charuto
ao respirar cheira-me muito mal, o que pode ser?
as xerecas mais lindas do Brasil
bom vou mi já
casa das mamas
casas troca de esposas com muito sexo no Brasil
chupei uma mulher e estou com a garganta inflamada
como afastar quem já morreu?
como beijar um homem sem pegar inflamação na garganta
como despachar o marido
compro casa no lixo
dá azar cortar as unhas ao domingo?
espreitar mulheres nuas
existe planta que não morre?
fotos de cuecas loucas
fotos de garotas nuas de sovacos peludos
jovem mostra pau grosso para dona de casa
lagarto é cego ou surdo
mulher espreitando homem nu no banheiro
não gosto de ser chamada de xana no sexo
não te metas aqui
quanto tempo demora mosca a morrer num copo
quem manda em Portugal é o avental
quero chulé

Meus Queridos Leitores... Muito, muito Obrigada por tudo!

Dia 50

Vá-se lá entender. De todas as personagens de banda-desenhada, sempre tive uma predilecção pela Maga Patalógica. Não sei porquê...

"Tengo ganas de vivir"

Fui uma criança terrivelmente tímida. Recordo-me de, no final de um ano lectivo, haver um concurso de Inglês na escola onde eu estudava. Os professores escolhiam os alunos com melhores notas para participar e, entre eles, estava eu.

Lá fui, de estômago às voltas, esmagada sob o peso invisível das centenas de olhos atentos que estavam a assistir. O concurso terminou.
Havia um pódio colocado no recreio para os três primeiros classificados, mas só subiram dois.
A criança que ficou em primeiro lugar não subiu.

Recebeu discretamente o prémio, um livro escrito em inglês, e escondeu-se no meio da multidão, esperando que ninguém reparasse nela.

Ainda o tenho (na foto), bem como a memória vívida das minhas pernas que fraquejaram demais para subir o degrau do número 1 e enfrentar os olhos da multidão.

O momento passou e eu não o agarrei.
Não o vivi, por falta de coragem e de ousadia.

Que esta lição sirva para todos vós e para mim mesma (não vá falhar-me a memória algum dia):

- Nunca deixem de celebrar as vossas vitórias.
- Agarrem os momentos especiais que a vida vos proporciona e vivam-nos.
- Subam ao pódio!

Dia 47

Auch!
Foi quase...
E de pensar que ainda faltam 318 dias para terminar o Projecto.

[Para quem não sabe do que estou a falar, o Projecto 365 consiste em tirar uma foto por dia, durante 1 ano inteiro e em publicá-la. Um ano de vida contado em imagens.]

Casa Claridade na Imprensa

Venho informar que a Casa Claridade está na rubrica "Blogue da Semana" do Jornal i.

O meu sincero e humilde agradecimento ao Jornal i e a todos vós que acompanham a Casa Claridade. Muito, muito OBRIGADA.

Ai... estou tão séria. Homessa. Nova tentativa:

Querem lá ver isto. Foi escrita uma rubrica sobre a Casa Claridade no Jornal i.
Vivaaaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!
Dá cá mais cinco!
I-háááá!




Dia 46

Ser filho de bruxa tem as suas vantagens. E é mais emocionante.
Por exemplo, ir para a cama a voar de vassoura. Assim mesmo. 
Eu sento-me na vassoura, o L. senta-se atrás, e voamos* pela casa terminando na sua cama.

* Voamos. De pés no chão. Mas voamos.

A origem da palavra "toilette"


São vários os significados para esta palavra, que nunca deixa de estar associada à beleza. A raiz da palavra toilette é "toile", que significa pano, em francês.

Nos tempos idos, há uns séculos atrás, era de mau tom as senhoras 'de bem' assumirem o uso de maquilhagem. Mas usavam-na, em segredo, assim como os perfumes, criados secretamente por mestres perfumistas, que eram imprescindíveis para disfarçar os odores corporais decorrentes da escassez de banhos (acreditava-se, então, que os banhos eram prejudiciais à saúde).

Os produtos de beleza das damas da época incluiam águas perfumadas, óleos macerados, pó-de-arroz e toda uma deliciosa parafernália de artefactos femininos.

Eram guardados dentro de um pano (toile, em francês), que estas fechavam dando vários nós difíceis de desfazer, para evitar que as outras mulheres descobrissem os seus segredos de beleza. Esse pano era escondido debaixo da cama ou no fundo de baús, longe da vista dos maridos.

De pó-de-arroz nas maçãs do rosto,

Dia 44

Domingo à noite. Não se vê quase ninguém na rua...
Já estão todos fechados em casa, com uma neura danada, à espera que o tempo passe e chegue a Segunda-feira. Parece que estão de castigo. O que isto me deprime. Uuuuu...
- Ó homo sapiens deste mundo, não deixem de viver só porque é Domingo!

Temos uma tradição para Domingos à noite: panquecas e amigos.
Nos copos, limonada. Só porque nos apeteceu. A receita das panquecas aqui.

Dia 43

Digno de ser registado fotograficamente: a televisão ligada.
Acontece umas 3 ou 4 vezes por ano aqui em casa.
O resto do tempo, ela é apenas um caixote inútil que ocupa espaço e ganha pó.
Vocês nunca me vão entender...

Declaração feminista!

Ai mulheres deste mundo (e do outro). É sempre quando tenho que arrumar a casa que começo as minhas divagações filosófico-sexuais:
Jamais compreenderei porque é que o facto de termos nascido com pipi implica que tenhamos de ser nós a cuidar da casa.

Apoiem-me nisto, se faz favor.

Dia 42

Está assim o tempo aqui neste pedacinho do Planeta Terra onde habito. Chuva e trovões.
Bastante ranhoso, portanto. Mas eu gosto de tempo ranhoso. Gosto, sim.
Já estou de pijama vestido e chanatas enfiadas nos pés. Filme e pipocas! Velas e chá!
Carro e janelas de casa lavados pela chuva! Cheiro a terra molhada! Life is good, life is good.

Dia 40

A lição do mar.

A Água sempre foi minha conselheira e confidente. Sábia, profunda e intensa.
Aquela que recebe e dissolve as minhas lágrimas.
O vai-e-vem das suas ondas que se desfazem em espuma entontece-me e, no entanto, guia-me.
Mostra-me que os caminhos nunca são rectos.

Faz como as gaivotas, disse-me ela, enquanto pousava uma gaivota solitária ao meu lado.

As gaivotas são astuciosas. Deixam-se levar pelo vento, quando está de boa feição. Planam no ar...

Mas quando vem a tempestade, elas procuram um local seguro. Para não se deixarem esmagar contra os rochedos.
Grata. Estou esclarecida.

Dia 39

Não encontro a irmã desta.
E ando com uma meia preta e outra castanha.
Posso ter muitos livros, mas tenho poucas meias, e preciso dela, senhores.

Aparece depressa, meia castanha, sua velhaca! Ordeno-te!
Se alguém vir uma meia castanha a passar de fininho, é favor agarrá-la pelas goelas e avisar-me. Humpf.

A Senhora da Solidão

A solidão apavora. É uma mulher velha vestida de negro, com um manto feito de vento frio que uiva em torno de ti, trespassa as fibras das tuas roupas e arrefece-te desde os ossos até à alma, fazendo-te esquecer quem és.

Sempre a tive como companhia, mesmo quando me encontrava no meio da multidão.
Ela sussurrava-me ao ouvido, entre um ranger de dentes, és minha...

Muitas vezes, pedi-lhe em lágrimas que se fosse embora e me deixasse só. Que paradoxo, este, pedir à Senhora da Solidão que me deixe só.
E, contudo, ainda mais ela se acercava de mim.

Após uma vida a caminhar de mãos dadas com ela, acostumei-me à sua presença silenciosa, subtil e imponente. Resignei-me perante aquela força constante.

Habituei-me ao frio do seu misterioso manto negro e deixei-me envolver nele de tal forma que acabei por encontrá-lo vestido em mim.
Envergo-o orgulhosamente, descobrindo-lhe conforto, segurança e sabedoria.

Ali está o trono, a flutuar no Vazio do céu negro da noite que se confunde com o negro das minhas vestes. Caminho para ele. Sento-me. Encosto-me para trás.
Abraço a noite e ela abraça-me de volta. Orquestro o silêncio. E ordeno aos ventos que gritem com uma angústia estridente através das frestas das janelas das casas e arrefeçam as almas solitárias que se atrevem a chamar por mim.

Sou Eu a Senhora da Solidão agora, e assumo o meu Poder.

Dia 38



O cristal e o momento cristalizado.
Suspenso no tempo.
Esquecido no fundo do oceano.
Ágata azul. Da cor da Água.
As pedras falam baixinho. Shhhhh...

Chá ecologicamente correcto.

Gosto muito da ideia do beija-flor que leva gotinhas de água no bico para ajudar a apagar o incêndio na floresta, e diz "Estou apenas a fazer a minha parte".

É este o espírito, amigos. Eu sou um beija-flor. E se cada um de vós se tornar um também, as nossas gotinhas todas juntas podem transformar-se numa bela chuvada...

Já que estamos a falar de floresta, trago-vos uma das minhas paixões: as plantas.
Uso-as para os mais diversificados fins, consoante as suas propriedades: infusões medicinais, pot-pourri, amuletos, incensos, chás para beber, temperos, sachets... you name it!
O chás de pacote estão cada vez mais caros, muitos têm aromatizantes artificiais e ainda constituem um desperdício de papel.

As minhas ervas, compro em sacos grandes nas lojas de produtos naturais, outras oferecem-me (Obrigada, querida Lidinha!!), e outras colho na Serra.

Ai Senhores, vejam lá, não se ponham a apanhar ervas por aí, que ainda correm o risco de confundir salsa com cicuta ou louro com loendro e depois é que são elas.
O mais seguro é comprá-las em lojas de produtos naturais, hã?

Concordem lá com a vossa Hazelzinha que é tão mais bonito e campestre tê-las assim em frascos (reciclados, está claro). E poder mexer-lhes com as mãos.
Colocar na panela e vê-las dançar sobre a água, enquanto libertam o seu perfume.
E misturá-las, descobrindo novos sabores. Tudo isto é Magia, minhas amigas e amigos...

Dia 36



A minha bebida preferida.
Sumo de laranja natural.

Pois é verdade que sou uma pessoa de gostos simples. Simples, mas bons...

O Defunto


Ai! Então, não é que encontrei um defunto a viver no meu roupeiro?
Tinha-o lá guardado há tanto tempo que me esqueci dele.
Lá estava, bem direitinho, como compete aos defuntos, com o usual saco de plástico preto a envolvê-lo. Não podia ser; resolvi ressuscitá-lo.

Abri com cuidado o fecho éclair do saco preto, e encontrei o defunto em perfeito estado de conservação. Nem um odor sinistro que acusasse o seu estado de abandono prolongado.

O defunto era um casaco preto e longo que certa vez comprei para usar em dias de festa.
Homessa, mas que me teria passado pela cabeça? "Dias de festa" - imagine-se.

Então, não é verdade que todos os dias são dias de festa?
E que todos os dias celebramos mais um dia de vida?
Que a grande festa está em ter dias para contar, em vivê-los, assim... viver, mesmo?

É.

Estamos à espera de quê, enquanto as traças dançam o tango nos buracos dos nossos mais adorados e preciosos atavios? Não há mais roupas de festa aqui em casa. Finito! Acabou. Qual "dias de festa", qual quê.

Se me virem a fazer compras no supermercado com um vestido de veludo ou uma tiara de princesa, não me chamem excêntrica. Ora, chamem-me... festiva.

A grande festa da vida merece ser celebrada todos os dias, a cada nascer do Sol.
(mesmo em dias nublados)

A celebrar a vida,

Dia 34

"Cuidado com aquilo que desejas."
Tanto desejei tornar-me uma madrugadora, que aqui estou a testemunhar o renascimento do Deus-Sol, após uma noite em que só dormi 2 ou 3 horas.
Oh minha Deusa, também não pedi tanto...

Dia 33

Viver magicamente é isto. Virar-me para o mar, juntar as mãos sobre o peito, inclinar-me para a frente, e agradecer à Fonte Divina, a Iemanjá, e ao profundo Oceano pelas revelações e bênçãos que me foram concedidas hoje.

O meu profundo e sentido agradecimento.
Que eu tenha sempre a Justiça de um lado e o Amor do outro.

E só depois de ter regressado de fora do tempo para o tempo contado pelo calendário, é que vi que hoje é dia 2 de Fevereiro, um dia consagrado a Iemanjá. Viver magicamente.