Quando eu for anciã...

Lista de resoluções para quando eu chegar à terceira idade:

Primeiro, quero lá chegar. Essa ideia de "Live fast and die young" só é fascinante quando achamos que vamos viver para sempre. Ou seja, até aos 25 anos. Daí em diante, quanto mais avançamos, mais nos apercebemos da fragilidade da vida.

Segundo, não quero ser chata e séria.
Quero rir-me sempre, nem que seja das vozes imaginárias na minha cabeça. Ou dos fantasmas que insistem em troçar dos vivos e apenas eu os oiço. Quero rir-me da cara dos outros condutores quando parar num semáforo e ficarem surpreendidos com as caretas que a velha doida do carro ao lado lhes fez.

Terceiro, quero ser gira. Ainda que tenha mamas descaídas, (ai que desgosto), quero usar as mesmas roupas de boneca que gosto de usar, e ter cabelos compridos, mesmo brancos. Ou cinzentos, tanto faz. Um dia, podia pintá-los de cor-de-rosa só para chocar as vizinhas da minha idade e mostrar-lhes que posso fazer tudo o que quiser, como sempre pude.

Quarto, quero ter uma cadeira de baloiço que me embale, onde possa dormir longas sestas ao Sol sem que ninguém me chateie, com uma manta sobre os joelhos, um gato ao colo e um livro erótico que comecei a ler. Uia!

Quinto, quero morar perto das minhas comadres. Eu hei-de ter comadres que hão-de vir visitar-me para beber chá e tecer o fio da vida em conjunto comigo. As pessoas vão pensar que é chá que bebemos (até vocês pensam), mas, na realidade, será licor de whisky.

Sexto, quero ser feliz. Velha ou nova, bonita ou feia, não importa. Quero ser feliz e ter quem me ame nos meus devaneios, nos meus silêncios e nos momentos em que canto as músicas de quando era nova e os vidros se estilhaçam.

Sétimo, quero cheirar bem. Não quero usar perfumes com cheiro a naftalina. Nem perfumes simples e discretos como uso actualmente. Quero cheirar a um perfume sexy e atrevido.

Aqui estou, a declarar ao Universo. Hazel. 36 anos. É isto que quero.

Sem pressa nenhuma,

"Sinto muito. Perdoa-me. Amo-te. Sou grata."


Para mim. Para si. Para os meus amigos. Para os seus. Para quem quiser.
E quem não quiser, não quer.

Uma prática ancestral de reconciliação proveniente do Hawai (Ho'oponopono).
Para desfazer ressentimentos, demolir muros e construir pontes.
Para melhorar aquilo que "já está bom".
Mesmo que não haja nada que precise de ser desculpado, como ritual diário.

Ganhe coragem, olhe a outra pessoa nos olhos e diga-lhe:

"Sinto muito. Perdoa-me. Amo-te. Sou grato."

Com flores coloridas no cabelo,

5 hábitos de ouro - O Segredo da Eterna Juventude

Já não é a primeira vez que puxo do cartão de cidadão para comprovar que nasci mesmo no ano da graça de 1977 (aquele ano fantástico em que só nasciam pessoas bonitas).

Ora, hoje, que estou uma mãos-largas, decidi contar-vos o segredo que faz com que eu pareça tão nova, sendo, na realidade, uma velha carcaça.

Não são tratamentos de beleza.
Nem photoshop. Nem nada! Nada? Nada. Pronto, e acaba-se assim o post. Não faço nada, podem ir-se embora, cada um para a sua casinha. Xô!

Era o que mais faltava. Vamos lá. Agora é que é. Há 5 hábitos que fazem parte da minha vida há muito tempo e que são o que me mantém fresquinha e viçosa como uma folha de alface. São eles:

1. Tabaco. Nem vê-lo! Nicles. Niente. Nadica de nada. Os únicos cigarros de que gosto são mesmo os de chocolate.

2. Muitas gargalhadas por dia (não sabe o bem que lhe fazia). Até nos dias em que acordo de tal forma acabrunhada, que ninguém me atura, há sempre um momento em que me rio de alguma coisa. Não consigo passar 24 horas sem rir. Tantas foram já as vezes em que me ri sozinha, rodeada de pessoas cinzentas, incomodadas pela minha boa-disposição indiferente ao habitual estado de espírito de quem chupou um limão e todos têm de partilhar da sua amargura. HAHAHA Tomem lá!

3. Ouvir música. Ai o que seria de mim se não fosse a música. Todos os dias, sem falta, oiço muita, muita música. Obrigada, Youtube! 

4. Creme de bebé. Já disse que sou uma mulher pré-histórica? Sou uma mulher pré-histórica. Não uso produtos sofisticados de beleza. Uso no rosto, tão-simplesmente, uma pinguinha de creme hidratante de bebé. Comprado na secção de criança no hipermercado.

5. Não calçar as pantufas. Não me acomodo com algo que não me faça sentir viva e feliz. Não quero responder um arrastado "Vai-se andando..." quando perguntam como estou.
Quero poder responder "Estou fantástica! Fantabulástica!", e trabalho todos os dias para isso.
Estou viva, e quero senti-lo a cada momento! Whooo-hooo!

Forever young,



Quem boa cama fizer, nela se há-de deitar.

Esta foi uma frase que ouvi ao longo de muitos anos, proferida pela minha mãe, numa tentativa (infrutífera) de me programar a fazer a cama todos os dias como uma boa dona-de-casa. Dizia-o sempre num tom ambíguo e profético.

Eu tentei sê-lo, mesmo que ninguém me tivesse perguntado se o queria ser. Era algo que se esperava de mim, que me foi imposto apenas por ter nascido com uma vag... "Dona Elvira".

Ai nasceste mulher? Estás feita ao bife! Limpar a casa, cozinhar, fazer a cama, tratar da roupa, criar os filhos, fazer as compras, está tudo por tua conta, darling!

E culpei-me pelas muitas vezes em que falhei e não consegui cumprir aquilo que o mundo tinha decidido por mim sem que eu tivesse tido qualquer voto na matéria. Mas depois deixei de me culpar. Deve ter sido no dia em que decidi que não quero mais ser dona-de-casa, mas dona-de-mim. Senão, vejamos:

- Quem é o dono da cama? Eu.
- Quem manda no meu tempo? Eu.
- Quem manda no que eu faço em minha casa? Eu.
- O mundo continua a girar, mesmo com a minha cama por fazer? Sim.
- A cama fica triste se não a fizer? Desencadeia-se uma Terceira Guerra Mundial? Não e não.
- E os outros, o que irão pensar de mim? Who cares.

A verdade é que só faço a cama quando vêm cá visitas. E às vezes nem isso. Quem me vem visitar não quer saber se eu tenho os lençóis esticados ou não, e eu não preciso de impressionar ninguém. Sou o que sou, e gosto de mim assim. E quem gosta de mim, gosta de mim quer eu tenha, ou não, a cama feita.

Oh Hazel, primeiro dizes que tens os móveis com pó e agora não fazes a cama? É.
Onde é que isto irá parar? Em tempo para fazer o que eu gosto. Por exemplo, escrever.
Em vez de fazer a cama, prefiro gastar esse tempo e energia a deleitar-me nos prazeres da escrita e vir aqui contar-vos o quão saboroso e libertador é não fazer a cama.

Nada de reclamarem comigo, hã? Vai que eu passo a ser dona-de-casa em vez de dona-de-mim, e não apareço cá mais porque tenho de limpar o pó e fazer a cama. - Naaaah!

Experimentem um dia. Não vão querer outra coisa. Sigam os meus fantásticos maus conselhos de dona-de-mim, e não digam que vão daqui mal.

Com a cama por fazer,



Aulas de Tarot


Para quem não tem ainda qualquer conhecimento sobre o Tarot de Rider Waite-Smith e quer aprender a interpretar as cartas e fazer lançamentos, ou para quem deseja aprofundar os conhecimentos que tem.

O aluno deve trazer um caderno para apontamentos.

Local: Cascais, Oeiras ou online
Duração de cada aula: 2/3 horas
Valor por aula: 55€

Marcação/dúvidas/informações para o email: casa.claridade@gmail.com

Hazel