Winter Blues : A Tristeza Inv(f)ernal



QUANDO LANÇAMOS UMA PEDRA A UM LAGO, forma-se um movimento de pequenas ondas que se propagam sucessivamente em círculos, até desaparecerem por completo. No entanto, por muitas pedras que sejam arremessadas, o lago volta sempre ao estado de imobilidade.

A agitação na superfície não afecta as águas no fundo do lago, que permanecem calmas, no estado de serenidade e silêncio absoluto.

O lago é um mestre para aqueles que se sentam a aprender as suas lições através da singela arte da contemplação. A superfície espelhada reflecte a constante mutabilidade do céu: nublado, azul-índigo, salpicado de estrelas, nos gradientes das horas crepusculares, no cinzento rasgado por relâmpagos. 

Mas o lago jamais se permite confundir com o que espelha.

Ainda que o mundo à nossa volta se nos apresente mais cinzento ou hostil, podemos escolher reflecti-lo sem nos deixarmos ‘con-fundir’ com as dinâmicas externas, e deixar que os acontecimentos da vida passem através de nós como se fôssemos transparentes, subtis — como a água.

Esse deveria ser o nosso estado “ideal”. Mas atire a primeira pedra quem nunca se deixou esmorecer nos dias cinzentos.

A chegada do Inverno, com a diminuição de luz solar, tende a interferir com o estado de espírito das pessoas mais sensíveis, causando aquilo a que se chama “Winter Blues”.

O “Winter Blues” consiste numa mudança de humor durante os meses mais frios e escuros do ano, que pode afectar várias áreas da vida.

A falta de exposição solar pode causar a queda dos níveis de serotonina, um neurotransmissor que regula o humor; disrupções nos ciclos circadianos (o nosso relógio interno), que ajudam a controlar o ciclos de sono; alterações na melatonina, a hormona associada ao humor e ao sono.

Sentimos menos entusiasmo pela vida, a produtividade diminui, os relacionamentos são afectados. O nosso “lago interior” agita-se e tem dificuldade em conseguir regressar ao estado de serenidade.

Reconheça os principais sintomas de “Winter Blues”:

🚩 Dificuldade em dormir/acordar;
🚩 Sensação de letargia;
🚩 Tristeza generalizada durante mais tempo que habitual;
🚩 Estar menos sociável, mais introspectivo;
🚩 Falta de capacidade de iniciativa;
🚩 Perda de interesse em actividades que anteriormente apreciava;
🚩 Menos energia;
🚩 Dificuldade de concentração;
🚩 Instabilidade emocional;
🚩 Sensação de desajuste, desolação ou auto-desvalorização;
🚩 Pensamentos negativos, derrotistas.

O que fazer, então?

Tomar suplementos prescritos por um médico ou terapeuta, praticar exercício físico, fazer meditação, melhorar a alimentação ou, em casos mais severos, fazer psicoterapia, podem ser uma boa ajuda.

No entanto, quando os níveis de energia se encontram realmente bastante em baixo, torna-se menos fácil colocar em prática algo novo. Neste caso, o Reiki pode ser uma solução complementar eficaz para combater a tristeza invernal, pois não exige qualquer esforço físico ou psicológico.

Esta terapia complementar, praticada há cerca de um século, teve a sua origem no Japão com o objectivo de devolver o equilíbrio ao ser humano através da canalização de energia vital.

O propósito do Reiki é devolver-nos ao estado de harmonia.

Através do recebimento regular de Reiki, é possível permanecer no estado de serenidade e imperturbabilidade das profundezas do lago. Regressamos ao silêncio interior, à transparência das águas que reflectem sem absorver as imagens, emoções e dinâmicas externas.

É possível atravessar o Outono e o Inverno mantendo o Sol a brilhar dentro de nós. 
Mas pode ser necessário receber ajuda. E está tudo certo.

A combater o inferno-da-tristeza-d'Inverno,
E com saudades do Sol,

Hazel
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Foto: Hazel, por Filipe Correia
Artigo publicado também na Revista Reiki & Yoga, Ed. n.º 44, rev.