Era uma vez uma menina com sardas e cabelos encaracolados que foi raptada por uma velha maquiavélica, desdentada e de pele encarquilhada.
A velha deu-lhe uma peneira, e disse-lhe que libertá-la-ia quando a menina conseguisse trazê-la cheia de água da fonte das fadas, sem entornar uma gota.
A menina, muito triste, caminhou descalça, floresta fora, seguida por duas borboletas brancas.
Chegada à fonte, colocou a peneira por baixo da queda de água. Mas esta saía pelos furos. Desesperada, chorou.
Junto à fonte das fadas vivia um sapo pequeno e verde, que a observava com os seus olhos esbugalhados.
- E agora, sapo? Nunca mais volto para casa...
O sapo saltou para cima de uma pedra enorme e lisa, que estava cheia de musgo espesso, e olhou a menina como que a dar-lhe um sinal.
- Claro... musgo!
Com as mãos, a menina arrancou o musgo da pedra, e, cuidadosamente, forrou o fundo da peneira. Voltou a colocá-la debaixo da queda de água, e, desta vez, encheu-se.
A menina foi libertada.
A velha morreu engasgada com a água.
O sapo não se transformou num príncipe; mas foi levado para um lago cheio de nenúfares, onde encontrou uma bela rã e se apaixonou.
E a fonte das fadas continua a deitar água fresca e cristalina.
(As coisas que me ocorrem a propósito deste prato antigo, com velas e forrado de musgo...!)
A velha deu-lhe uma peneira, e disse-lhe que libertá-la-ia quando a menina conseguisse trazê-la cheia de água da fonte das fadas, sem entornar uma gota.
A menina, muito triste, caminhou descalça, floresta fora, seguida por duas borboletas brancas.
Chegada à fonte, colocou a peneira por baixo da queda de água. Mas esta saía pelos furos. Desesperada, chorou.
Junto à fonte das fadas vivia um sapo pequeno e verde, que a observava com os seus olhos esbugalhados.
- E agora, sapo? Nunca mais volto para casa...
O sapo saltou para cima de uma pedra enorme e lisa, que estava cheia de musgo espesso, e olhou a menina como que a dar-lhe um sinal.
- Claro... musgo!
Com as mãos, a menina arrancou o musgo da pedra, e, cuidadosamente, forrou o fundo da peneira. Voltou a colocá-la debaixo da queda de água, e, desta vez, encheu-se.
A menina foi libertada.
A velha morreu engasgada com a água.
O sapo não se transformou num príncipe; mas foi levado para um lago cheio de nenúfares, onde encontrou uma bela rã e se apaixonou.
E a fonte das fadas continua a deitar água fresca e cristalina.
(As coisas que me ocorrem a propósito deste prato antigo, com velas e forrado de musgo...!)
Comentários
Aí, vc vem e lê isto e pensa:
" Tá certo Deus, saquei que vc existe e ainda me botou um anjo no meu caminho."
Beijocas com carinho, bruxinha.
Amei esse conto, adoro coisas assim. O engraçado é que enquanto vou lendo é como se passasse um filminho na minha cabeça, muito lindo por sinal.
Muito linda sua imaginação.
beijos
Obrigada pelo recadinho cheio de carinho.
Beijo:)
ficou muito bom o arranjo de velas.
E a mesinha que parece ser de bambu dá um toque todo especial ao lugar.
Um abraço.
Obrigada pela dica, e pelo carinho.
Beijinho!
Seu arranjo de velas é bem expressivo.
Beijos
***EDNA***
" Há muitos jeitos de pegar saci, mas o melhor é o de peneira. Arranja-se uma peneira de cruzeta… Pois bem, arranja-se uma peneira desas e fica-se esperando um dia de vento bem forte, em que haja rodamoinho e zás! – joga-se a peneira em cima. Em todos os rodamoinhos há saci dentro, porque fazer rodamoinhos é justamente a principal ocupação dos sacis neste mundo.Depois, se a peneira foi bem atirada e o saci ficou preso, é só dar jeito de botar ele dentro de uma garrafa e arrolhar muito bem".
Conhece nosso Saci, Hazel?
Sandra Vallim
;)
Também adorei a sua história do Saci Pererê! Muito boa!
Esse Saci é o mesmo que aparecia no "Sítio do Picapau Amarelo"? Se for o mesmo, então conheço, sim.
Obrigada pela sua participação!
Beijos mágicos
Que bom que vc me respondeu.
Sim, é esse Saci mesmo,o do Sítio do Picapau Amarelo, uma espécie de duende que faz traquinagens.Depois de capturá-lo com a peneira, o povo conta que ele deve ser aprisionado numa garrafa e arrolhado.Não esquecer de riscar uma cruzinha na rolha, porque o que prende o Saci na garrafa não é a rolha e sim a cruzinha riscada nela.
É TÃO BOM ACREDITAR NO INVISÍVEL!
Um grande abraço
Sandra V
Bem me pareceu que era esse Saci.
O "Sítio do Picapau Amarelo" passou na televisão portuguesa há muitos anos atrás, na época eu era criança. Gostava muito de ver.
Lembra-se da Emilinha? Era a minha favorita. Por causa dela, passei a gostar desse nome. A nossa tartaruga chama-se Emília! ;-)
Beijos!