As casas-de-banho e o Feng Shui

Algumas regras básicas e essenciais, para serem calmamente digeridas durante o fim-de-semana...:

A casa-de-banho está ligada ao elemento Água, que representa prosperidade, logo, devido ao escoamento da mesma pelas canalizações, é uma verdadeira "larápia" de dinheiro. Mas podemos contornar isso…

É fundamental que esta divisão esteja sempre impecavelmente limpa, arrumada e seja bem iluminada.

A decoração deve ser simples, evitando-se flores e elementos auspiciosos.

Explico já porque desaconselho as flores, já que alguns especialistas de Feng Shui discordam:

As flores estão ligadas aos relacionamentos afectuosos e ao elemento feminino. Se colocá-las na casa-de-banho, as energias dessa área da sua vida serão "sugadas". É preferível colocá-las na sala, na cozinha, no jardim, nas varandas, na entrada de casa… Mas não na casa-de-banho.

As velas, como elemento tranquilizador, são bem-vindas.

Os ralos e a sanita devem ter sempre as tampas fechadas (quando não estão a ser usados, claro!).

Coloque alguns elementos Terra, tais como vasos de terracota, cerâmica, troncos, pinhas, objectos de cor vermelha ou amarela, para contrabalançar o excesso de energia Água.

Para ajudar a comprimir a energia negativa criada na casa-de-banho, pode colocar várias pedras grandes, principalmente, ao lado da banheira.

As torneiras também são muito importantes; convido-vos a consultar o post que publiquei anteriormente sobre o assunto.

Não convém que a sanita esteja posicionada em frente à porta, no entanto, se for o caso, podemos pendurar por cima dela um quadro ou outro objecto qualquer que desvie o olhar e a atenção da pessoa e, principalmente, das boas energias que entram.

Fechemos, então, a porta da casa-de-banho.

Uma última dica: Para ajudar a neutralizar as más energias que esta divisão emana, podemos pendurar do lado de fora (pode ser no batente, no tecto ou até mesmo na porta) um Ba Guá espelhado no centro, um cristal multifacetado, ou uma bola de espelhos.

Outra solução é pendurar um espelho na porta, do lado de fora, o que irá fazer com que a casa-de-banho, simbolicamente, “desapareça”.

Bandeiras Tibetanas - recriação

Enquanto o L. recupera em casa de uma gripe, lembrei-me de fazer uma actividade de pinturas a dois.

Inspirei-me nas bandeiras de oração tibetanas, que contêm mantras escritos pelos Lamas, e que devem ser penduradas em sítios altos.

Sempre que o vento passa pelas orações escritas, estará a purificar o ar e a abençoar todos os seres vivos.

Sentámo-nos, em grande cumplicidade, com uma caixa cheia de lápis de cera e começámos a recriar umas bandeiras mais "ocidentalizadas" - decerto que o Dalai Lama não se irá aborrecer por isso, já que o que conta é a boa intenção.

Utilizámos 5 folhas de papel, pois são também 5 os elementos. Pintámos as bandeiras com as 5 cores principais e, para finalizar, escrevi em cada uma aquilo que desejo para nós e para os restantes seres vivos (inclusive aqueles que não me gramam, pois, enfim, tradição é tradição):

1 - Paz
2 - Alegria
3 - Amor
4 - Saúde
5 - Prosperidade

Gostei do resultado! Pendurei na janela do meu filho, que ficou todo contente.

Manda a tradição substituir as bandeiras quando se estragarem, o que representa o fecho de um ciclo e o início de outro.

E representa também mais uma hora de entretenimento familiar!

Pretos-Velhos

Este casal de Pretos-Velhos trouxe de uma viagem às Caraíbas.

Decidi falar sobre eles, pois correspondem à carta n.º 20 do Tarot dos Orixás, a do Renascimento.

O que são Pretos-Velhos?

Na Umbanda, os Pretos-Velhos são espíritos desencarnados de africanos velhos que viveram e morreram nas senzalas.

Têm grande sabedoria, paciência e ternura. São feiticeiros poderosos, protegem contra o baixo astral e harmonizam vibrações.

É bom tê-los por casa. Apesar de estes não terem vindo do Brasil, e das vestimentas não serem exactamente como as dos Pretos-Velhos brasileiros, são um casal, o que simboliza equilíbrio de energias, e sinto que são os meus guardiões.

Estão na entrada do meu quarto para proteger, harmonizar e passar toda a sua ternura, sabedoria e humildade.

Devem falar muito um com o outro, pois o meu filho cada vez que passa por eles faz "Shhhhhiiiiiu!", com o dedinho em frente à boca. Ele lá sabe o que ouve.

Saia indiana

Já que estamos na onda do reaproveitamento, partilho mais uma das minhas ideias. Talvez não agrade a todos, mas eu acho que funcionou bem.

A "toalha" desta camilha (não sei se no Brasil usam a palavra camilha, mas estou a referir-me à mesa) não é uma toalha verdadeira... É uma saia minha.

Comprei-a numa loja de roupas indianas, quando estava grávida, mas nunca a cheguei a usar por ser muito transparente - embora na foto não se note - e demasiado étnica para mim. Apesar disso, gosto dela; simplesmente, acho que não me fica bem.

Um dia, lembrei-me de colocá-la a fazer de toalha nesta camilha, pois as cores coordenavam bem com as da sala.

Gostei do resultado, embora talvez não agrade a todos os gostos.

Como gosto de coisas da Mãe-Natureza, preenchi o recanto com algumas plantas, pinhas, um tronco de árvore, e até um duende brincalhão!

Acho que está com um aspecto florestal, e estou ansiosa por arranjar mais plantas para completar mais o conjunto. Atenção aos vossos jardins... que eu ando por aí... Ah! Ah! Ah!

Das terras alentejanas

As plantas tornaram-se um vício para mim. Cada vez que vou a algum sítio, estou sempre de olho nelas. Adoro chegar de um passeio e trazer novos exemplares para casa.

É o caso desta. Veio do Alentejo, onde passei férias no Verão passado.

Cresceu num caminho árido, mesmo ao lado do apartamento onde estava hospedada. Todos os dias, quando ia para a praia, passava a pé nesse caminho e apreciava a sua beleza resistente.

No último dia de férias, já com as malas no carro e o motor em andamento, fui buscá-la.

É uma suculenta, mas não sei o seu nome. Se alguém souber, ficaria grata pela partilha de informação.

A plantinha bonita tem vivido num pequeno vaso de terracota, no parapeito da janela, e é muito feliz. Garanto eu!