Ideia para guardar rebuçados

Cozinha de família que se preze tem que ter um pote ou frasco com rebuçados.*
Eu guardo-os na "dona galinha", esta cesta de verga.

(Gostaria de vos apresentar a cesta cheiinha de rebuçados, para a foto ficar mais bonita, mas nesta casa habitam uns certos ratinhos gulosos que estão sempre a fazer desaparecer os doces. Quem gosta muito destes ratinhos é o nosso dentista...)Foi uma ideia muito fácil de colocar em prática:

Aparafusei um camarão* na parte inferior dos armários da cozinha, atei uma fita azul na cesta, para fazer de alça, e pendurei.

Simples e acolhedor. Ideia 100% Hazel!
Bom fim-de-semana!

Tradução para os leitores do Brasil:
* rebuçados = balinhas
* camarão = gancho (Nós, portugueses, somos estranhos, sim; temos o camarão de comer e o camarão de pendurar coisas . Vá-se lá entender. )

Ouvindo histórias...

Trago uma encantadora novidade para pais, tios e avós.

Acompanhe os seus filhos (ou sobrinhos! ou netos!) numa visita a uma pequena biblioteca virtual, onde os livros estão vivos, e contam histórias.

Não é necessário registar-se. Basta escolher um livro, clicar nas setas para virar as folhas e nos quadrados "Ler + Giro" que aparecem em cada página, para que o livro conte a sua história. Não se esqueça de ligar o som!

A Biblioteca é AQUI (clicar).

Boas leituras!

A planta mágica, que nunca morre

Chama-se Rosa de Jericó. É uma planta antiquíssima, muito preciosa, e com propriedades únicas. Para começar, tem o dom da vida eterna...

Nos tempos antigos, era passada, como herança, de geração em geração.

Sem água, seca completamente, e enrola-se sobre si mesma, adquirindo o formato de uma maçã.

Pode estar assim, neste estado de hibernação, durante meses, anos... e, quando colocada numa taça com água, ressuscita milagrosamente.

Costumo manter a minha Rosa de Jericó em estado de hibernação durante o Inverno, e, no Verão, coloco-a em água. Em menos de uma hora, os seus ramos abrem totalmente.

Esta planta percorre quilómetros pelos desertos, de onde é originária, levada pelo vento.

Diz a lenda que Jesus, quando caminhou durante 40 dias e 40 noites pelo deserto sem comer nem beber, foi graças a esta planta viajante, cujos ramos gotejavam o orvalho da manhã, que sobreviveu.

Foi-lhe, por isso, concedido o dom da vida eterna.

É um poderosíssimo amuleto que confere protecção divina a quem o possuir. Abençoa a casa onde estiver com saúde, paz, felicidade e prosperidade. Filtra as más energias e afasta pessoas mal-intencionadas.

Quando a água começa a ficar turva, significa que está impregnada de energias negativas, e deve ser renovada.
Mesmo em estado de hibernação, a Rosa de Jericó mantém todas as suas capacidades protectoras.
Assombroso, não é?

Coisas da terra

Onde o vento faz a curva, descobrimos uma terra-fantasma esquecida no tempo...

Enquanto as massas fazem romarias às praias e centros comerciais, nós caminhamos na direcção oposta. É no silêncio do campo que encontramos paz e satisfação.

Ali, descansamos os olhos dos placards publicitários; os ouvidos, dos barulhos dos carros; os pulmões, da poluição.
Nestes passeios, reencontramo-nos a nós mesmos, ganhamos forças e equilibramos energias.

Adoro as coisas da terra! São as mais saborosas e belas. Abençoadas.
A Mãe-Natureza foi mais do que generosa connosco; estas foram as suas dádivas, colhidas pelas minhas mãos.
Pêras, maçãs, limões, amoras-silvestres, feijão-verde, milho... (foto tirada ontem à noite)

Entretanto, o feijão-verde já foi transformado numa cremosa e nutritiva sopa; uma das maçarocas de milho, consumida, e a outra desfolhada e pendurada na parede da cozinha (para que sempre haja abundância e prosperidade nesta casa); a fruta, colocada em cestos de vime.

Sei de umas cabras que se vão deliciar a comer os fios do feijão-verde (que, normalmente, as pessoas deitam para o lixo), e de um certo menino que se vai divertir muito a alimentá-las... Desperdício zero. Máxima diversão.
(e só de pensar que vivemos num apartamento!...)

A fonte das fadas

Era uma vez uma menina com sardas e cabelos encaracolados que foi raptada por uma velha maquiavélica, desdentada e de pele encarquilhada.

A velha deu-lhe uma peneira, e disse-lhe que libertá-la-ia quando a menina conseguisse trazê-la cheia de água da fonte das fadas, sem entornar uma gota.

A menina, muito triste, caminhou descalça, floresta fora, seguida por duas borboletas brancas.

Chegada à fonte, colocou a peneira por baixo da queda de água. Mas esta saía pelos furos. Desesperada, chorou.

Junto à fonte das fadas vivia um sapo pequeno e verde, que a observava com os seus olhos esbugalhados.

- E agora, sapo? Nunca mais volto para casa...

O sapo saltou para cima de uma pedra enorme e lisa, que estava cheia de musgo espesso, e olhou a menina como que a dar-lhe um sinal.

- Claro... musgo!

Com as mãos, a menina arrancou o musgo da pedra, e, cuidadosamente, forrou o fundo da peneira. Voltou a colocá-la debaixo da queda de água, e, desta vez, encheu-se.

A menina foi libertada.
A velha morreu engasgada com a água.
O sapo não se transformou num príncipe; mas foi levado para um lago cheio de nenúfares, onde encontrou uma bela rã e se apaixonou.
E a fonte das fadas continua a deitar água fresca e cristalina.

(As coisas que me ocorrem a propósito deste prato antigo, com velas e forrado de musgo...!)