Aarti, a Cerimónia do Fogo na margem do Rio Ganges


Pela hora do pôr-do-Sol, o misticismo e o exotismo enfeitiçam-nos os sentidos, enquanto nos sentamos rendidos na margem do Rio Ganges para integrar o Aarti.

Aarti é uma cerimónia devocional Hindu onde se oferece luz às divindades e se fazem pedidos que são lançados ao rio. Acredita-se que os movimentos circulares realizados com o fogo trazem boa-aventurança e sorte, e que a luz afasta as trevas.

As oferendas incluem flores coloridas (representam o elemento Terra), água que é aspergida (elemento Água), uma lamparina com ghee ou óleo (elemento Fogo), leques de penas de pavão (elemento Ar), e incenso, que simboliza um estado de espírito puro.





Na margem do Rio Ganges,

Hazel
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De Pernas para o Ar, a Cerimónia do Fogo e o Deus-Macaco


Os dias têm sido intensos, perfumados, divertidos, exóticos.


Acordei às sete – que são duas da manhã em Portugal – para a aula de Yoga matinal e entoação de mantras, desta vez em Rishikesh, junto ao Rio Ganges.

Os horários e ritmos estão virados de pernas para o ar, mostrando uma perspectiva diferente da realidade externa e interna quando nos rendemos, em aceitação, sem medos ou preconceitos.

Depois da vivência profunda e compassiva com o Budismo Tibetano, deixámo-nos inebriar pelas cores vibrantes e pelo exotismo do Hinduísmo.

A Cerimónia Hindu do fogo, com oferendas de flores, água, incenso e arroz, foi um dos mais belos e cinematográficos momentos desta aventura.


Hoje o almoço foi servido segundo os costumes tradicionais, em pratos de folhas de bananeira. Todos os animais são considerados sagrados. Assim, toda a nossa alimentação é vegetariana.


Até os velhacos dos macacos que estão sempre à espera de oportunidade para roubar o que conseguirem apanhar são sagrados na Índia. Quando penso que já vi de tudo, aparece Hanuman, o Deus-Macaco, uma divindade muito cultuada nesta região.

A pentear macacos,

Hazel
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Descida aos Submundos pelo Comboio da Índia



Viajar de comboio na Índia é uma estranha e desconcertante descida aos submundos que invoca o Indiana Jones dentro de cada um de nós. Tudo o que conhecemos, a lógica e a ordem pela qual achamos que a realidade é feita desfaz-se como a ilusão de um sonho.


Não existem horários na Índia; o tempo de espera para o comboio pode ser vinte minutos ou mais de três horas. Nunca temos a certeza da linha onde se apanha, os lugares marcados podem estar ocupados por outra pessoa, tudo é caótico e incerto. Porém, de alguma forma que não consigo entender ou explicar, funciona.

Não vou dissertar sobre as casas-de-banho dos comboios onde se viaja por mais de oito horas. Não vou. Depois disto, acho que até estaria apta a limpar a caixa de areias da minha gata com as mãos. A repulsa, o barulho e o caos relativizaram-se desde esta aventura.

Sem dúvida que esta experiência me ensinou muito acerca de gestão de expectativas, preconceito, ansiedade, medos, ilusões, respeito e compaixão. Acreditem ou não, uma viagem no exótico comboio da Índia é uma deslocação transformadora às mais sombrias profundezas de cada ser humano para revelar que não existem graus de separação entre um e todos.

Aquele que sai na estação final será uma pessoa completamente diferente do que entrou a bordo.

E sim, é perfeitamente seguro. Não há criminalidade. O comboio torna-se um só indivíduo, e cada viajante é sua parte integrante, um órgão no seu interior.

Em deslocação,

Hazel
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Entre os Monges

O
s monges budistas aceitaram acolher-nos no Templo para integrar o ritual matinal de bênçãos, purificação e protecção. Os cânticos e as orações são entoados em sânscrito. Eram 8:30 da manhã e estávamos em jejum. Os hábitos monásticos começam a tornar-se uma rotina.

Em Dharamsala não há qualquer indício de criminalidade. Não vi um único polícia nas ruas, creio que aqui não são necessários, excepto quando o Dalai Lama, cuja residência fica na rua onde me encontro, se desloca.

Os habitantes são predominantemente tibetanos e indianos. Budistas, hindus e muçulmanos convivem numa simbiose de perfeita harmonia, respeito e paz. Todos são sorridentes, humildes, indefesos, compassivos e gostam de cumprimentar quem passa.


Incensada e purificada,

Hazel
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Os Macacos com as minhas Cuecas e o Médico que prova Urina


São agora 6:39. O dia está a nascer e os Himalayas acordaram varridos pelo vendaval que levou metade das meias e cuecas que tinha lavado ontem e colocado na varanda a secar. Por esta hora já os macacos andam com as minhas cuecas vestidas.

Nesta terra esquecida pelo resto do mundo, o improvável aparece sempre ao virar de cada esquina, como o consultório de Medicina Tibetana cujo médico prova a urina dos pacientes para fazer o diagnóstico do seu estado de saúde. Se cospe, bochecha ou engole, não sei. Só consigo imaginar um senhor de boca e dentes amarelos sem elixir bucal que o valha.

À procura de cuecas nas lojas tibetanas,

Hazel
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