Não é uma questão de sovinice. Não.
Penso sempre: "Para quê cortar o cabelo? Deixá-lo crescer, que é essa a sua natureza!"
Mas quando vejo que já poderia sair à rua sem camisola e sem ouvir gritar "olháquela 'tá nua!", e encontro no espelho uma mulher das cavernas...
... pronto, vamos lá "aparar a juba". Ao menos, para fingir que pertenço ao mundo civilizado.
E é então que faço uma retrospectiva da última incursão a um salão de cabeleireiros...:
Entrei, com um singelo "é só para cortar", e sentei-me. Levei leitura própria.
Depois de quase 1 hora de espera, encaixo a cabeça no lavatório de plástico (que mais parece o encaixe onde os condenados se colocavam para ser guilhotinados), e dou à moça o meu próprio shampôo e condicionador.
****** Pausa, para explicação:
Se usar os produtos do salão, pago por meia dúzia de gotinhas o valor de um frasco inteiro.
Então, decidi levar de casa o meu shampôo e condicionador. Porque sou uma chica-esperta.
***** Fim da Pausa.
Pois o meu tiro de chico-espertice saiu-me pela culatra; a cabeleireira não me cobrou shampôo nem condicionador, mas cobrou a lavagem e a aplicação dos MEUS produtos.
A "aplicação"!!
(sendo que "aplicação" = despejar um bocadinho para as mãos e esfregar-mo na cabeça)
A minha insatisfação juntou-se à irritação por ter deixado metade do couro cabeludo agarrado às unhas-de-gavião da moça que me lavou o cabelo com o vigor de quem lava um tapete velho. Só faltava atirar-me com a cabeça à parede para ensaboar melhor.
Nesta fase, já a minha boa-disposição foi pelo cano abaixo. Mas nada disse, pois quem tem a tesoura na mão... é que manda. E não era eu que a tinha, bem-entendido.
"Corte só uns 4 dedos de comprimento."
Ela decide que ouviu: "Vou para a tropa. Vá buscar o corta-sebes e faça o que quiser".
E os meus cabelos deram um lindo tapete outonal espalhados pelo chão...
"Quer fazer bréshing?", perguntou-me.
Eu sei lá o que raio é o "bréshing", mas segura de que seria algo de simpático e reconfortante, acedi. Afinal, "bréshing" é secar o cabelo com o secador. Que decepção, e eu nem sequer seco o cabelo em casa (enfim, mais uma parcela para pagar).
Saí descabelada, de carteira leve, auto-estima em baixo e desejos secretos de apanhá-las numa esquina escura e cortar-lhes os cabelos à tesourada. [Shiu! Isso não se diz!]
Foi assim a minha última ida ao cabeleireiro, há mais de 1 ano atrás.
Depois de relembrar este turbilhão de emoções, concluí: "Não voltarei!"
Agarrei numa tesoura, pus-me em frente ao espelho e cortei, eu mesma, o meu cabelo.
Devo dizer, fiquei muito satisfeita com os meus serviços. Não, não estou a dar graxa a mim própria. Gostei mesmo!
Fica assim redigido o meu contrato vitalício de serviços capilares comigo mesma.
Se, porventura, o/a leitor/a for cabeleireiro/a, por favor não se ofenda com este post.
Seguramente, existem cabeleireiros/as maravilhosos/as, só que eu ainda não os encontrei!
Penso sempre: "Para quê cortar o cabelo? Deixá-lo crescer, que é essa a sua natureza!"

... pronto, vamos lá "aparar a juba". Ao menos, para fingir que pertenço ao mundo civilizado.
E é então que faço uma retrospectiva da última incursão a um salão de cabeleireiros...:
Entrei, com um singelo "é só para cortar", e sentei-me. Levei leitura própria.
Depois de quase 1 hora de espera, encaixo a cabeça no lavatório de plástico (que mais parece o encaixe onde os condenados se colocavam para ser guilhotinados), e dou à moça o meu próprio shampôo e condicionador.
****** Pausa, para explicação:
Se usar os produtos do salão, pago por meia dúzia de gotinhas o valor de um frasco inteiro.
Então, decidi levar de casa o meu shampôo e condicionador. Porque sou uma chica-esperta.
***** Fim da Pausa.
Pois o meu tiro de chico-espertice saiu-me pela culatra; a cabeleireira não me cobrou shampôo nem condicionador, mas cobrou a lavagem e a aplicação dos MEUS produtos.
A "aplicação"!!
(sendo que "aplicação" = despejar um bocadinho para as mãos e esfregar-mo na cabeça)
A minha insatisfação juntou-se à irritação por ter deixado metade do couro cabeludo agarrado às unhas-de-gavião da moça que me lavou o cabelo com o vigor de quem lava um tapete velho. Só faltava atirar-me com a cabeça à parede para ensaboar melhor.
Nesta fase, já a minha boa-disposição foi pelo cano abaixo. Mas nada disse, pois quem tem a tesoura na mão... é que manda. E não era eu que a tinha, bem-entendido.
"Corte só uns 4 dedos de comprimento."
Ela decide que ouviu: "Vou para a tropa. Vá buscar o corta-sebes e faça o que quiser".
E os meus cabelos deram um lindo tapete outonal espalhados pelo chão...
"Quer fazer bréshing?", perguntou-me.
Eu sei lá o que raio é o "bréshing", mas segura de que seria algo de simpático e reconfortante, acedi. Afinal, "bréshing" é secar o cabelo com o secador. Que decepção, e eu nem sequer seco o cabelo em casa (enfim, mais uma parcela para pagar).
Saí descabelada, de carteira leve, auto-estima em baixo e desejos secretos de apanhá-las numa esquina escura e cortar-lhes os cabelos à tesourada. [Shiu! Isso não se diz!]
Foi assim a minha última ida ao cabeleireiro, há mais de 1 ano atrás.
Depois de relembrar este turbilhão de emoções, concluí: "Não voltarei!"
Agarrei numa tesoura, pus-me em frente ao espelho e cortei, eu mesma, o meu cabelo.
Devo dizer, fiquei muito satisfeita com os meus serviços. Não, não estou a dar graxa a mim própria. Gostei mesmo!
Fica assim redigido o meu contrato vitalício de serviços capilares comigo mesma.
Se, porventura, o/a leitor/a for cabeleireiro/a, por favor não se ofenda com este post.
Seguramente, existem cabeleireiros/as maravilhosos/as, só que eu ainda não os encontrei!
Comentários
Saudades!!!
Então querida, eu, assim como a mãe rã, tinha minha mãezinha para me cortar os cabelões, mas infelizmente não tenho mais...
Mas graças aos Deuses arranjei um ótimo cabeleireiro que sempre me respeita qdo digo: só 2 dedos, ou só 4 dedos rsrsrsrs...vc não faz idéia, tenho o cabelo abaixo da cintura!!! Amo cabelos enormes rsrrs. Não sou evangélica, não tenho absolutamente nada contra, sou sim uma Fada/Bruxa de carteirinha rsrsrs.
Pena que vc more TÃO longe, senão te indicaria o meu cabeleireiro! rs.
Beijos querida.
Flores e Luz...Mônica.
E sim, algumas sao umas brutas, parece que estao a amassar pao.
Cortar a mim propria, pois isso é que nao ia dar bom resultado, a sério!!!
Beijinho cabeludo
Por acaso tambem não gosto muito de ir ao cableireiro. perco lá tanto tempo, e não tenho paciencia para isso.
bjs
Adorei o post! Vou te contat, a minha mãe é cabeleireira, e das boas!! Perdi as contas de quantas vezes eu mesma lavei os cabelos das clientes!! E elas até tiravam um cochilo...hehehe. Minha mãe nunca cobrou pelo shampoo, a não ser que seja um especial e da escolha da cliente! E cortar... sempre da maneira que se pede, nada além!! Acho que você adoraria... mas é tão longe...uma pena!!!
Beijo!!!
Que história hilariante.
Tal como algumas leitoras, tenho uma cabeleireira "em casa": salvo raras excepções, sempre foi a minha mãe quem me cortou o cabelo... E devo confessar que provavelmente terei sido a cliente mais exigente e caprichosa de toda a sua carreira profissional "ora mais um pouco aqui, mais um pouco acolá, agora ficou demasiado curto deste lado"...Tenho de admitir que ninguém merece...
Quanto a cortar o meu próprio cabelo, até acho uma ideia interessante, mas cortar a parte detrás parece-me tarefa complicada.
Ana
Eu nunca fico, por isso, sempre faço como você: corto eu mesma! fica sempre do jeito que quero, do tamanho que quero e não gasto nada!
beijoos
Quanto à seu post, estou aqui rindo muito...vc é divertidíssima!
Que humor sensacional para contar uma estória que deixa a todas nós, mulheres, de cabelos em pé, literalmente!
Eu já perdi a conta de quantas cabeleireiras já me tosquiaram, apesar de eu ter dito que só queria tirar as pontas...acho que quando estão com a tesoura na mão, adquirem um poder, como se lhes baixasse o espírito de algum tosquiador de ovelhas!
Não conseguem parar de cortar...e saímos nós de lá, como se o Edward Mãos de Tesoura, tivesse feito uma topiaria em nossas cabeças...
Então, como vc pode ver, aqui, também nossas profissionais da tesoura e pente não são diferentes das de sua boa terrinha....
Beijos!
Desde pequenas que eu, a minha mãe e as minhas duas irmãs fomos habituadas a ter cabelos compridos! E quando falo em compridos refiro-me ao nível da cintura ou mais abaixo! Sempre aparámos as pontas umas às outras durante anos, dispensando por isso os cabeleireiros! Tanto que a primeira vez que fui a um foi quando comecei a trabalhar lá, com cerca de 20 anos! Agora estou a deixar crescer o cabelo novamente, tenho saudades de como o tinha na minha juventude :)
Beijinhos e boa semana!!
Un beijo
Há 2 anos uma "linda criatura que pôs a mão no meu cabelo" também entendeu tudo absolutamente errado e transformou um corte no ombro, repicado irregular para fora em um capacete na altura das orelhas... Foram 3 meses em que ninguém podia tocar no assunto sem que eu chorasse! E só não fiquei sem sair de casa porque tinha que trabalhar...
Hoje viajo míseros 55km ida/55km volta para cortar cabelo. Tudo para que a graciosa criatura não me encoste mais as belas mãos!
Beijos!
Também tenho cá meus traumas com tal profissional e, como mudo de tempos em tempos, se achar um do meu agrado numa cidade, logo partirei para outra.
Dei fim a essa tortura, quando vi no jornal um cara que ensinava a cortar um cabelo em corte V, em apenas três passos:
-reparta o cabelo ( molhado) ao meio;
- junte o lado esquerdo e corte na altura desejada, parelho.
- faça o mesmo com o lado direito.
Quando todo o cabelo volta para o lugar, fica um corte em V perfeitinho!
E, para mim que tenho cabelo crespo, se eu errar ninguém vai perceber....rsssss.
Beijocas bruxinha!!
aqui tem cabelereiros ótimos!
olhe só...aqui eu corto o cabelo, antes ele lava com produtos da lowell e dá uma secada no final, fica maravilhindo e custa 20-25 reais.
se vc vai cortar ele não cobra pela lavada e pela secada.
bj lilly
"É um bom presságio sonhar com ela, pois indica que você está sendo protegido, e que terá grandes realizações no terreno sentimental."
eu estou doida para cortar o meu cabelo, mas como ele é cacheado tenho medo de não encontrar um cabelereiro bom, que saiba fazer o serviço.E com este calorão que está fazendo em São Paulo,tenho que ficar com eles amarrados.
bjos e tudo de bom.
Mas cadê a foto do cabelinho novo??? Todos queremos ver!!
Sabe, sou meio aventureira e uma vez, me cansei do cabelão que eu arrastava pela vida ( na cintura), entrei no banheiro, peguei a tesoura e sem a menor dó, cortei curtíssimo!
Quando saí do banheiro(era solteira), ninguém acreditou no que eu tinha feito, mas eu estava MUITO contente, pois tinha me livrado daquele peso extra....ahhhh que alívio!!!
Outro dia, me deu a mesma louca, só que desta vez fui no cabelereiro e pedi para cortar "joãozinho" (curtinho).......ahhhhh novamente a sensação de alívio, de leveza!
Por aqui (Brasil), tem feito um calor do cão e o verão promete.......já ví algumas pessoas que cortaram ou estão tomando coragem em função do que eu fiz.
Ando meio cheia de cabelo!!
**LIBERDADE!! Declarei a abolição da escrava cabeluda!! ;c))
Beijos e bom resto de semana!
Rose
Heis que começa a chegar o inicio do ano e eu tmb queria cortá-lo ..
á dois anos cortei eu o meu proprio cabelo, nao ficou brilhante, mas eu gostei :)
Já agora, qual é o titulo da musica casa claridade nr 5??
Beijão
Da Abi de Faro
O truque, para pessoas que não têm prática, está em cortá-lo seco, e não molhado.
Assim, vemos logo o resultado.
Música n.º 5: "The Piano - Amazing Short" - Yann Tiersen
Beijos!
As cabeleireiras devem andar aluadas que aqui uma moça do meu trabalho queixou-se do mesmo esta semana, levou cá uma tosquia...
Beijocas
Abraços!
Abi de Faro
Os primeiros 17 anos da minha vida foram bastante dramáticos quando o assunto era cortar cabelo. Por alguma estranha razão, nenhuma cabelereira conseguia cortar "só as pontas" do meu cabelo. Passei uma infância triste (olha o drama...rs), com minha mãe mantendo meu cabelo igual ao dos meninos. Creio que como o meu comportamento era igualmente de menino, não era possível manter meus cabelos em um tamanho maior. Depois,já mocinha, quando conseguia - a muito custo - deixar o cabelo chegar aos ombros, a cabelereira vinha e cortava tudo. Então simplesmente parei de cortar o cabelo lá pelos 15 anos e com 17 tinha um cabelão enorme, no meio das costas. Assim fiquei por vários anos. Praticamente uns 10. Depois era outra história: as cabelereiras querendo esticar o meu cabelo, que é ondulado. Não é pelo fato de 90% das mulheres quererem virar japonesas que eu, necessariamente, tenho que ter o mesmo desejo, não é mesmo? rs Somente há uns poucos anos consegui encontrar uma mestra das tesouras que respeita o meu cabelo do jeito que ele é. Foi ela que cortou ele bem curtinho (haja confiança da minha parte!) no ano passado e que agora está administrando o processo de crescimento dele, pois pretendo deixá-lo passar um pouco dos ombros (acabei cedendo ao chororô do marido...rs) Mas minha briga sempre foi quanto ao corte e essa coisa maluca de querer esticar cabelos. Mas o resto era só prazer: lavagens de cabelo relaxantes, com xampu e creme cheirosos e de qualidade (e sem pagar pelos produtos usados e em alguns salões sem ao menos pagar pela lavagem). Por aqui, é hábito que ou a lavagem ou a ajeitada final com o secador (que eu, como vc, tb dispenso) seja um tipo de brinde, já incluído no valor do corte.
Enfim... Sei bem como é o tal trauma de cortar o cabelo... Mas a gente supera! ;-)
beijão
;)
Tive um bocadinho de tempo livre e resolvi ler os teus posts mais antigos. Dei umas boas gargalhadas com este post!! Tive exactamente a mesma experiencia várias vezes, até que um dia me fartei e decidi comecar a cortar o cabelo em casa!
O drama repetia-se: por qualquer razao, quando eu pedia: " é só para acertar AS PONTAS", a mensagem chegava: " é para dar umas valentes tesouradas; corte aí, à vontade, um palmo de cabelo"!!!
Nao é tarefa fácil, porque tenho uma juba leonina, mas mesmo assim prefiro tentar dar conta do recado!
Ao menos tenho a certeza de poupar uma boa quantia, de nao ficar com caracolinhos arrumadinhos que me davam um ar de anjinho barroco e, sinceramente, nao tenho paciencia para o ambiente de coscuvilhice que impera na maior parte dos saloes.
Tambem dispenso a sensacao das unhadas vigorosas no couro cabeludo... Brrrr!!!
Bjs
Paula M.
Beijinho penteado
P.S. gostava de obter resposta à pergunta que lhe fiz sobre que planta colocar no arco do meu corredor/sala. Gracias!!!
Corto uma vez por ano no cabeleireiro e de resto vou aparando em casa. Para além disso tudo, como eu uso natural e tenho brancos, levo sempre com a conversinha do pintar...e ainda ameaçam: mas daqui a uns tempos vai querer!!! :)