“Vou para onde a vida vai, corro no seu encalço”, responde o condutor, afogueado e desatento.
“Então, e não percebe que é você que a leva?”, remata o primeiro.
Este poderia perfeitamente ser um diálogo filosófico travado entre qualquer um de nós, sempre tão absorvidos pelos nossos próprios assuntos - para não referir os que ainda encontram tempo e energia para se ocuparem de temas alheios como se de seus se tratassem - e um polícia-sinaleiro dotado de olhos de lince e de uma lucidez cristalina que, do alto do palanque, consegue ver tudo o que se passa à sua volta.
Quando vamos depressa demais ou nos distraímos do nosso percurso, o apito da vida faz-se soar. E obriga-nos a parar. Sentimo-nos arreliados e frustrados, afinal, íamos na brasa atrás da mítica e inalcançável cenoura, alegremente inconscientes de que nos estávamos a tornar um perigo para nós mesmos e para os outros. Esquecemo-nos que o excesso de velocidade e a distração podem causar colisões ou mesmo atropelamentos; de sentimentos, da saúde, dos sonhos, do respeito.
A vida manda-nos parar quando menos queremos, mas quando mais precisamos. Tira-nos a carta de condução e deixa-nos fora de circulação por uns tempos para obrigar-nos a reencontrar-nos, a escolher outros caminhos mais construtivos e felizes, e deslocar-nos numa velocidade mais adequada à nossa capacidade de aprendizagem e superação. Afinal, se formos depressa demais, também não conseguimos apreciar a paisagem nem ler os sinais que se nos deparam pelo caminho.
A proposta da carta 4 de Espadas para esta semana é, justamente, parar para pensar e para ver tudo de outro ângulo, com um maior distanciamento. Tentar dormir mais horas, cuidar da saúde física, mental e emocional, manter uma alimentação saudável e equilibrada, meditar e aproveitar para redefinir prioridades.
Este poderia perfeitamente ser um diálogo filosófico travado entre qualquer um de nós, sempre tão absorvidos pelos nossos próprios assuntos - para não referir os que ainda encontram tempo e energia para se ocuparem de temas alheios como se de seus se tratassem - e um polícia-sinaleiro dotado de olhos de lince e de uma lucidez cristalina que, do alto do palanque, consegue ver tudo o que se passa à sua volta.
Quando vamos depressa demais ou nos distraímos do nosso percurso, o apito da vida faz-se soar. E obriga-nos a parar. Sentimo-nos arreliados e frustrados, afinal, íamos na brasa atrás da mítica e inalcançável cenoura, alegremente inconscientes de que nos estávamos a tornar um perigo para nós mesmos e para os outros. Esquecemo-nos que o excesso de velocidade e a distração podem causar colisões ou mesmo atropelamentos; de sentimentos, da saúde, dos sonhos, do respeito.
A vida manda-nos parar quando menos queremos, mas quando mais precisamos. Tira-nos a carta de condução e deixa-nos fora de circulação por uns tempos para obrigar-nos a reencontrar-nos, a escolher outros caminhos mais construtivos e felizes, e deslocar-nos numa velocidade mais adequada à nossa capacidade de aprendizagem e superação. Afinal, se formos depressa demais, também não conseguimos apreciar a paisagem nem ler os sinais que se nos deparam pelo caminho.
A proposta da carta 4 de Espadas para esta semana é, justamente, parar para pensar e para ver tudo de outro ângulo, com um maior distanciamento. Tentar dormir mais horas, cuidar da saúde física, mental e emocional, manter uma alimentação saudável e equilibrada, meditar e aproveitar para redefinir prioridades.
Se não lhe parece prioritário fazer nada disto, então está desesperadamente a precisar de fazê-lo. Feche os olhos e observe-se a partir de dentro:
O que é que realmente importa para si?
O que o faz feliz?
O que lhe causa insatisfação?
O que gostaria de fazer, mas tem receio de não conseguir, de não estar à altura da tarefa?
Que sonhos deixou por realizar?
Porque se sente tantas vezes cansado?
Quais são os seus objectivos?
Onde anda a desperdiçar o seu tempo?
Faça estas perguntas a si mesmo e acrescente todas as que quiser. O apito está a tocar. Páre, em nome da verdade!
Hazel
Hazel
Crónica semanal publicada no Jornal O Ribatejo, 28 Janeiro
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