Até pode ter mulheres nuas!

Lembram-se, no tempo da Maria Cachucha, que mal começava o ano, era só ir ao café, supermercado, padaria, etc., que havia sempre calendários para oferecer aos clientes?

Agora, nem vê-los! E anda uma mãe-esposa-dona-de-casa-bruxa-e-outras-coisas-mais a revirar este mundo e o outro que nem uma marabunta em busca de um singelo calendário de pendurar, e nem sombra dele.

Que mais me resta, senão o bom Google?
Para quem também anda à procura de calendário, aqui vai - é o melhor que consegui arranjar:

Calendário 2010 - Portugal
Calendário 2010 - Brasil

[Ó minhas riquezas, eu bem sei que a minha obrigação seria colocar aqui 112 calendários, correspondentes aos países de onde me lêem, e não apenas 2... perdoem-me por isso!]

Entretanto, deixo o apelo:

Leitor! Se é residente em Portugal, tem uma alma caridosa, e teve a grande e rara sorte de ter sido presenteado com um calendário pelo café ou oficina da esquina (Sim! Até pode ser desses das mulheres nuas que enfeitam as paredes das oficinas, tal é o desespero!)...

... faça uma boa acção à escala nacional:

- Fotografe as páginas todas do seu calendário com uma máquina digital, de maneira a que fiquem imagens bem nítidas, e envie para o meu email.

Ficar-lhe-ei eternamente grata e farei a partilha das suas fotos aqui, para benefício de todos!

---> ACTUALIZAÇÃO:
Muitíssimo grata à
Lunarte
, por ter tido a enorme paciência e gentileza em enviar-me o calendário mensal de 2010. Fez uma boa acção a nível mundial! Bem-haja!

Muito importante:
Este calendário não tem Feriados assinalados, portanto, serve para TODOS os países.
Clique nas fotos abaixo e imprima (saem em tamanho normal).


Depois, entre AQUI, introduza o ano 2010 e o seu país, e ser-lhe-à fornecida a lista de Feriados, que poderá anotar no seu calendário! Agora sim! :)

O meu Amor pelas plantas

[Se não tomo cuidado... esta casa qualquer dia transforma-se numa selva, e eu em Jane, pendurada em lianas. Bem, estou disposta a correr o risco.]

Lembro-me que, há um tempo atrás, agarrava num garrafão de 5 litros e ia à Serra de Sintra enchê-lo de água na fonte do Sol. Dava para regar as minhas plantas todas por duas vezes.

Actualmente, 1 garrafão de água não chega nem para metade delas. E tenho de usar água da torneira para terminar a rega.

Mas como pode não chegar? Foi quando me lembrei de contar quantos vasos tenho. Só por curiosidade.

Um... dois... três... quatro... cinco (...) quarenta!
40 vasos. QUARENTA. Dentro de um apartamento.

Um tsunami de clorofila!

Mas que hei-de eu fazer? Adoro plantas. Apanho todas as que vejo no lixo, recupero-as e depois tornam-se minhas fiéis amigas. Elas ouvem-me. Elas protegem-me. Elas alegram-me.

Fazem tanto por mim que, sim, é verdade, prefiro ir buscar água da serra para regá-las, que lhes é bem mais saborosa e nutritiva, do que usar a da torneira.

E nunca são demais. Embora concorde que talvez já sejam muitas.
Vou marcar no calendário, e daqui a 1 ano faço nova contagem, para ver quantas plantas estarão então a viver connosco. Só por curiosidade.

Talvez venha a ter de fazer esse post pendurada numa liana.

Reaproveitar restos de velas. Com romantismo.

Então teve um longo jantar romântico, iluminado pela luz bruxuleante das velas...

As velas queimaram quase até ao fim e agora sobrou só um bocadinho, que não serve para nada.

Não serve? Ah, serve serve!

Sabe aquelas gavetas emperradas que, quando abre, saem aos solavancos?

Passe a vela nas arestas e veja-as deslizar como quando eram novas.

O mesmo aplica-se às janelas de correr (que não correm, mas arrastam-se a muito custo).
















Pode haver coisa mais romântica do que gavetas que abrem com facilidade e janelas que deslizam sem esforço e sem fazer barulho? :)

O Fortuna - cheirinho a antigo

Num convento empoeirado e silencioso, lá para terras alemãs, foi certa vez encontrada esta misteriosa e antiquíssima folha de pergaminho.


O que tem escrito? Poemas. Escritos à mão em latim medieval, por monges da época.

Mais tarde, já no século XX, um senhor chamado Carl Orff pôs as mãos nesta maravilha do passado e fez magia; transformou-a em canções.

Uma delas é o grandioso tema "O Fortuna", numa alusão à deusa Fortuna, que gira a sua roda, trazendo alternadamente boa e má sorte e a constante mudança.

Popularizou-se por causa do velho anúncio da Old Spice. Eu prefiro esta versão, com vozes femininas, que trazem mais draaaaama. Espero que gostem e que se vos arrepiem os pelinhos dos braços!

O Fortuna, Ó Fortuna,
Velut Luna És como a Lua
Statu variabilis, Mutável,
Semper crescis Sempre aumentas
Aut decrescis; Ou diminuis;
Vita detestabilis A detestável vida
Nunc obdurat Ora oprime
Et tunc curat E ora cura
Ludo mentis aciem, Para brincar com a mente;
Egestatem, Miséria,
Potestatem Poder,
Dissolvit ut glaciem. Ela os funde como gelo.

Sors immanis Sorte imensa
Et inanis, E vazia,
Rota tu volubilis Tu, roda volúvel
Status malus, És má,
Vana salus Vã é a felicidade
Semper dissolubilis, Sempre dissolúvel,
Obumbrata Nebulosa
Et velata E velada
Michi quoque niteris; Também a mim contagias;
Nunc per ludum Agora por brincadeira
Dorsum nudum O dorso nu
Fero tui sceleris. Entrego à tua perversidade.

Sors salutis A sorte na saúde
Et virtutis E virtude
Michi nunc contraria Agora me é contrária.
Est affectus
Et defectus E tira
Semper in angaria. Mantendo sempre escravizado
Hac in hora Nesta hora
Sine mora Sem demora
Corde pulsum tangite; Tange a corda vibrante;
Quod per sortem Porque a sorte
Sternit fortem, Abate o forte,
Mecum omnes plangite! Chorai todos comigo!


Hazel

Bahhh

Não, não vos abandonei. Mandei o meu espírito escrever-vos para dar uma explicação sobre este sumiço, enquanto o meu corpo jaz ali na cama à espera de se recuperar.

Nos últimos dias, a minha cara e o extremo oposto do meu corpo têm disputado o vaso sanitário como rivais enraivecidos. Uhhhh...

Pois fui envenenada. E a envenenadora fui eu mesma, sendo que o veneno veio em forma de salsichas frescas embrulhadas com couve lombarda, feitas por mim, e que devorei gulosamente como se não houvesse amanhã.
Mea culpa...!

Fica registado: nos próximos 10 anos não quero ver salsichas à minha frente. Nem cortadas às rodelas. Nem com tentadoras e sorridentes batatinhas fritas a enfeitar.
A couve lombarda está desculpada.

Vou fazer agora companhia ao meu corpo, que está a chamar por mim.