Como Tratar a Ferrugem de um Caldeirão

O caldeirão é um dos objectos ritualísticos mais estimados e preciosos para qualquer bruxa.

Representa o princípio feminino, o útero da Deusa, de onde provém a vida. Os seus três pés simbolizam as três faces da Senhora: Donzela, Mãe e Anciã.

Pode ser utilizado para fazer cozinhados sobre o fogo, poções mágicas, queimar pedidos, colocar velas, queimar ervas, incenso, fazer feitiços, scrying, esconder pequenos tesouros e objectos secretos...

Como o tradicional caldeirão é de ferro, o aparecimento de ferrugem é um problema recorrente que deixa qualquer bruxa de cabelos ainda mais em pé.

Mas... tudo se resolve com dedicação e perseverança. Seguem instruções detalhadas para limpar a ferrugem do seu velho caldeirão:

Num local ao ar livre, onde não haja inconveniente em fazer alguma sujidade, calce umas luvas para proteger as mãos e coloque uma máscara anti-poeira sobre o nariz.

Com uma escova e/ou esfregão de aço (compra-se em qualquer drogaria), esfregue todas as áreas com ferrugem do seu caldeirão como se não existisse amanhã. - Sim, é um trabalho chato e muito demorado...

Uma vez raspada toda a ferrugem, será imprescindível que se faça "a cura" do caldeirão. Seguindo os métodos antigos, coloque uma colher de sopa cheia de gordura/banha dentro do caldeirão, e depois coloque-o sobre o fogo, para que a gordura (ou banha) se expanda por todo o caldeirão, por dentro e por fora. Isso criará uma espécie de capa impermeabilizante, que irá prevenir o reaparecimento de ferrugem.

O caldeirão não deve ser lavado com detergentes, mas apenas com água. Após cada lavagem, deve ser muito bem seco ao Sol ou próximo do fogo e novamente curado (nas curas seguintes, pode usar um pouco de azeite para "besuntá-lo" todo).

Evite mantê-lo tapado para que não crie humidade no interior (humidade = mais ferrugem!!), e mantenha-o sempre em locais secos (não é por acaso que os caldeirões sempre foram vistos pendurados nas lareiras).

Força na peruca, bruxas e bruxos!
Estou convosco. Vamos vencer essa ferrugem malvada.

A mexer o caldeirão,

Hazel

Fada dos Bosques

O anoitecer de Domingo com música a tocar e uma folha de papel estendida à minha frente iluminada pelo quebra-luz de cor verde-floresta. Um yogurte de frutos do bosque de um lado, e os lápis-de-cor do lado oposto. 

Hoje é o meu dia de folga, que eu também mereço. Não respondo a emails, não quero saber de nada. Estou de pés descalços, um vestido velho e o cabelo preso num carrapito - oh, amigos, é a idade. A idade traz-nos carrapitos no cabelo e outros hábitos assim estranhos que nem me atrevo a relatar para não assustar ninguém.

Terminei a minha Fada dos Bosques. Foi uma viagem maravilhosa ao Reino das Fadas!
Pintar é um pouco como dançar. Quando nos entregamos, tudo o resto desaparece. 
E em cada traço, em cada movimento, pintamos um novo mundo.

Beijos de todas as cores, 

Receita de Licor de Whiskey

Há pequenos prazeres de tal forma tentadores, voluptuosos e pecaminosos, que quase nos sentimos habilitados a receber um bilhete só de ida para o nono círculo do Inferno.
E não é que vamos de bom grado.

Nem chega a demorar 2 minutos a ser feito.
Numa misturadora (mixer), colocam-se os seguintes ingredientes:

- 1 lata de leite condensado
- a medida da lata cheia de whiskey
- 1 colher de sobremesa de café em pó
- 1 colher de sobremesa de chocolate em pó

Mistura-se por 1 minuto e está pronto a servir.
Com gelo. Ou sem gelo. Ou guarda-se no frigorífico para arrefecer por 1 hora - se aguentarem esperar, seus gulosos.

Com bigodes de licor de whiskey,

Hazel

Andar à gandaia

'Andar à gandaia' é uma expressão antiga portuguesa que tem mais do que um significado, mas o primeiro que conheci e que sempre ficou comigo é, justamente, 'andar ao lixo'.

Pois, ontem, ao fim do dia, enquanto ia a pé para a minha aula de dança, vi esta linda avioneta no chão, ao lado de um caixote do lixo, e pensei: "Gandaia!"

Sem qualquer pudor, trouxe-a comigo, porque a história dela ainda não terminou só porque alguém a deitou fora. Há muito mais para sonhar e voar na imaginação ao som do seu motor pachorrento que rasga os céus azuis do Verão.

A aventura continua e, só por causa disto, hoje vou rever um filme do Indiana Jones!
Está a precisar de uma hélice e umas pequeninas reparações, que irei fazer, e depois vou pendurá-la no tecto do quarto do L..

Os tesouros que as pessoas deitam fora.

À gandaia,

5 regras para ter uma assinatura auspiciosa


Fazer uma assinatura é muito mais do que apenas colocar o nome que nos identifica com uma letra bonita num pedaço de papel. É colocar a nossa energia. Através desta forma de poder, que é a nossa assinatura, estabelecemos compromissos, assumimos responsabilidades.

Deixo-vos uma lista de regras que poderão ajudá-lo a (re)avaliar a sua assinatura e a torná-la mais auspiciosa:

1. Todas as assinaturas devem começar por letra maiúscula e a caligrafia deve ser do mesmo tamanho com que se escreve.

2. Se conseguir que o primeiro traço da primeira letra comece no sentido ascendente (sempre a subir, sempre a subir!)... é ex-ce-len-te!

3. Uma assinatura não deve ter traços para trás nem traços que terminem em baixo.
As letras que descem (como f, j, g, y) não devem terminar com o traço em baixo, mas voltar a subir.

4. Se costuma terminar a sua assinatura com um traço para o lado, certifique-se que esse traço nunca desce, aliás, toda a assinatura pode ter uma inclinação ligeiramente ascendente, mas nunca o oposto.

5. Deve haver um espaço entre o nome pessoal e o apelido. Usar tudo colado gera uma dependência familiar e a incapacidade de desenvolver uma identidade própria.
Esse espaço também não deve ser demasiado grande.

A estonteante assinatura da Rainha de Inglaterra, Elizabeth I:

Hazel