Pequeno-almoço de cowboy!

Há dias em que o fogão se transforma em fogueira, a cozinha em saloon e nós em cowboys.

- Onde está a Hazel?
- Saíu a cavalo! I-háááá!

Se quer sair de casa com a genica de um cowboy, eu tenho a fórmula mágica para isso.
Abra as portas do seu saloon, e vamos a isso:


[As medidas que indico servem para 1 cowboy esfomeado.]

Vai precisar de meia xícara de flocos de aveia (compram-se em qualquer super ou hipermercado).





Uma xícara completa de leite.

Nota: Se o cowboy for vegetariano, pode usar leite de soja.

Coloque o leite e a aveia numa panela.
Deite uma pitada de sal.

Deixe levantar fervura e mexa com uma colher de pau.



Deite os seus flocos de aveia numa tigela, e acrescente leite frio, até que adquira a consistência que mais lhe agradar.

Adicione uma colher de sopa cheia de açúcar amarelo e polvilhe com canela.


Mexa, e está pronto a comer.

Até mesmo os cowboys mais enjoadinhos se vão deliciar com o sabor. Hum hum.

Bom apetite, seus marotos!



Hazel

Onde colocar o esfregão da loiça?

Esta é a pergunta que tem atormentado as donas-de-casa ao longo de séculos.

Se colocamos a esponja de lavar a loiça num recipiente, em pouco tempo, este começa a ganhar líquido e bactérias.
Quem é que está aí a dizer que, quando isso acontece, lava-se o recipiente?
Ora, nós já temos coisas que cheguem para lavar. Obrigada por concordarem comigo. :)

Outra opção seria pôr a esponja sobre a torneira. Fica a apanhar ar, e é mais higiénico.
Mas uma esponja nunca anda só... há sempre um esfregão-de-arame a acompanhar, que é tão útil quando as pipocas se colam ao fundo da panela. Mais o pano de limpar a bancada da cozinha.

Essa tralha toda em cima da torneira da cozinha fica feio e dá um ar desarrumado.
Então, onde, senhores, onde...?

Após anos de reflexão, ontem acendeu-se o clarão na minha cabeça, e descobri a solução.

Aquilo que vêm na foto é um daqueles acessórios de casa-de-banho, que servem para pendurar no chuveiro e colocar os frascos de shampôo e o sabonete por baixo. Cortei a asa em cima com um alicate e fiquei só com a parte de baixo para reutilizar na cozinha.

Fica pendurado do lado de dentro da porta por baixo do lava-loiças. Ali está a esponja, o esfregão-de-arame e o pano de limpar as bancadas. Tudo arrumadinho, escondido e limpinho.

A propósito do pano de limpar a bancada... nós não usamos aqueles panos coloridos todos pipis que se vendem numa embalagem de plástico no hipermercado.
Optamos pelo mais ecológico e económico: quando as t-shirts velhas e já não as usamos, corto-as aos bocados e dão excelentes panos para limpar a bancada.

Também podia dizer que as cuecas de homem, quando ficam largas, são igualmente óptimas para limpar a bancada, mas não digo, ai, que vergonha.
... limpam melhor do que os panos que se compram no hipermercado, hã?

Não quero ser amiga de ninguém no Facebook

De vez em quando, enviam-me convites para entrar no Orkut, Facebook e afins.

Ora bem, agradeço-vos muito a gentileza, mas tenho de vos informar que não estou em nenhuma rede social, nem tenciono estar. - oiçam isto dito com delicadeza, não à bruta.

Eu explico a minha posição (sentada?):

Há algum tempo atrás, para não "parecer mal", lá acabei por aceitar entrar no Facebook. E vocês sabem lá.

Quando dei por isso, estava a receber dezenas de emails por dia, de pessoas que não conheço a pedirem para ser minhas amigas, e de outras tantas, os viciados da Farmville, a oferecerem-me tomates virtuais e sementes virtuais já não me lembro de quê.

Sejamos realistas, os desconhecidos que me enviavam pedidos de amizade, na realidade, não queriam a minha amizade para nada, mas apenas a minha foto do perfil para juntar ao álbum de cromos.

... e o tempo que isso me consumia? Ai ai ai!
Minhas riquezas que me lêem, o mais valioso que eu possuo é o meu tempo.

Nessa meia dúzia de dias em que estive no Facebook, não encontrei utilidade prática absolutamente nenhuma em lá estar. Por isso, exclui a minha conta. Devo ter sido a pessoa que menos tempo permaneceu no Facebook.

Meus compreensivos leitores, não se melindrem por eu não entrar no vosso álbum de cromos, na vossa rede social. Não é que não queira ser vossa amiga, hã?
Nós já somos amigos. Aqui, na Casa Claridade.

Compreendam que por detrás destas palavras que aparecem escritas na vossa tela do computador, existe uma pessoa real, que cozinha todos os dias, aspira a casa, põe o filho a dormir enquanto lhe canta uma cantiga, peneira os cagalhotos do gato, faz separação de lixo, rega as plantas, pinta as unhas, prepara leite com chocolate para beber à noite na cama enquanto lê, faz rituais de magia, diz "boa tarde" aos vizinhos, estende a roupa, faz traduções, canta no banho, estuda Tarot, lava as janelas, faz batidos de fruta, vai passear com a família, depila as pernas, tira os borbotos das camisolas de lã, passa fio dental, prepara a máquina de lavar, tira o gelo do congelador, sacode os tapetes, come, dorme...

Contem comigo para ser vossa amiga, não no Facebook ou em qualquer outra rede social, mas de verdade. E não é tão melhor assim?

Energize os seus cristais

Hoje é noite de Lua Cheia!

Se tem pedras preciosas ou semi-preciosas, aproveite este grandioso momento mágico para energizá-las.

Isso inclui jóias de uso pessoal com cristais embutidos, amuletos, instrumentos mágicos, patuás, pêndulos e todos os cristais que tiver.

Ao cair da noite, quando a Lua Cheia irradiar a Terra com o seu manto de luz prateada, coloque tudo na janela, e deixe os raios lunares alimentarem os seus cristais e objectos mágicos.

E não se esqueça de si! Saia e beneficie também desta energia maravilhosa.
Só tem que ter cuidado com os lobisomens... Auuuuuuuuu...

Bandeiras Tibetanas - as genuínas!

Buda respirou fundo, encheu-se de Luz, e proferiu palavras mágicas, que ganharam o formato e a força de um mantra.

Os monges escreveram-nas em bandeiras coloridas e levaram-nas para uma batalha que seria travada entre dois povos inimigos.

Esperava-se sangue, gritos e violência, mas, em vez disso, a Paz foi restabelecida.
E as bandeiras tibetanas ficaram lendárias.

Ainda hoje são erguidas ao vento, para que a sua magia viaje por longas distâncias, purificando e trazendo bênçãos a todos os seres vivos do mundo.

Há 2 anos atrás, fiz uma versão simplificada (e ponham "simplificada" nisso"!) destas bandeiras, que pendurei no quarto do L.. Ver aqui

Nunca imaginei vir a ter umas genuínas. 
Mas tenho! O-Oh. Ei-las!


Ritual de luto para animal doméstico

Acho que a maior parte das pessoas fica sem saber o que fazer quando um animal doméstico desencarna. Por isso, resolvi contar-vos como terminou a minha tarde de ontem.

Desloquei-me até uma pequena mata com o pombo num cesto e escolhi uma árvore.
O último livro que li, "Segredos de Gato", de Vicky Halls, refere um ritual de origem cigana de libertação da alma, para que esta possa voar. Realizei-o, com algumas alterações:

Virei-me de costas para o vento e elevei o pombo com ambas as mãos.

Fechei os olhos e senti o vento soprar com força através dos meus dedos.

Depois, abri os olhos e depositei o corpo do pombo sobre a terra. Cobri-o com folhas secas e ramos de oliveira.

Despedi-me e fui embora com um sentimento de paz e tranquilidade.

É inadmissível

Estou passada! Com tanta gente neste mundo de sonâmbulos, só eu é que vejo estas coisas. Conto-vos o que aconteceu:

Fui buscar o L. à escola e, no regresso a casa, vi este pombo caído no chão. Obviamente, não conseguia voar.
Fiz marcha-atrás, estacionei, saí do carro, e fui buscá-lo. Sem dramas nem espanto, pois já não é a primeira vez.

Volto para o carro, coloco o cinto de segurança, meto a primeira, e ando uns 10 metros, quando me deparo com uns 15 ou 18 pombos todos igualmente caídos no chão.

Infelizmente, tive de tomar a decisão no local. Não posso meter mais de 15 pombos dentro de um apartamento. Com um gato. Tenho boa vontade, mas também tenho bom-senso.
De coração partido por não ter recursos para ajudar todos, deixei-os ficar.
O que tinha no colo enquanto conduzia veio comigo. Ia fazer o quê?

Não está ferido, e a única explicação lógica que encontro para isto é que alguma pessoa, daquelas que acham que os pombos são uma praga, os tenha envenenado.

Por favor, que não me apareça ninguém a dizer que os pombos são uma porcaria, que sujam tudo, que devem ser dizimados, e sei lá o quê mais, pois nem sequer publico semelhantes comentários.
(o Homem também suja e destrói a Natureza, como temos visto, e não é por isso que recebe pena de morte)

Se alguém que resida no Concelho de Cascais estiver disposto a recolher e ajudar os pombos que ficaram caídos na rua, não hesite em escrever-me.

De qualquer das formas, não sei se irão sobreviver, não sei o que têm, e este que estava no meu colo já não tive coragem de voltar a colocar na rua, por isso, aqui está rodeado dos meus cristais, à espera. Torçam por ele.

[ESQUEÇAM. O POMBINHO MORREU. ESTOU DESOLADA. E ENVERGONHADA POR PERTENCER À RAÇA HUMANA, PRETENSAMENTE CIVILIZADA.]

Matrioskas!

Existem 39 pessoas na Rússia que lêem a Casa Claridade, e eu acho isso muito divertido. Cumprimento-as na sua língua: Здравствуйте, друзья! - tradução: Olá, amiguinhos! 

[OK, sou tradutora, mas não sou poliglota e não sei falar russo.
Confesso: usei o tradutor do Google. :)]

Leitores da Rússia, adooooooooooro as vossas Matrioskas!

E estas férias estive lá. Não, não foi na Rússia, mas na bancada da Rússia, na FIA. É quase a mesma coisa, hã?

Depois de me ter divertido a experimentar chapéus russos e admirado as lindas réplicas dos ovos de Fabergé, comprei estas 5 encantadoras Matrioskas. Conseguem ver a mais pequenina?
Foram directamente para junto dos meus velhos e estimados alfarrábios.

Além de serem alegres e pitorescas, as lendárias Matrioskas são um amuleto que dá Sorte a quem as possui e mantém a família unida, próspera e feliz. Ora bem.
Simbolizam a Grande Mãe que protege e acarinha os seus filhos.

Há quem as use como caixinhas de desejos, escrevendo o desejo num pedaço de papel e colocando-o dentro da 2ª Matrioska.

Bom, depois conto-vos como foi a minha viagem ao Tibete, ãh, digo, à bancada do Tibete. :)

Inquietações

Para quem acompanhou o "assunto Sintra", segue abaixo o desenvolvimento:

- Há cerca de 1 mês atrás, escrevi para diversas entidades, entre elas, o Gabinete do Primeiro-Ministro.

- O Gabinete do Primeiro-Ministro encaminhou as minhas "inquietações" para o Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território.

- O Chefe do Gabinete do Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território encaminhou, por sua vez, as minhas "inquietações" para a empresa "Parques de Sintra - Monte da Lua".

- Finalmente, o Presidente do Conselho de Administração da "Parques de Sintra - Monte da Lua" respondeu às minhas "inquietações" acerca do abate de árvores em Sintra.

Dizia no ofício que:

Tratou-se de uma operação de limpeza florestal que consistiu no abate de espécies invasoras que infestavam essa área e aumentavam os riscos de incêndio.

Está tudo estritamente de acordo com a lei.
As espécies invasoras são acácias, eucaliptos e pinheiro bravo.

Serão plantados nesta área sobreiros, medronheiros, carvalho português e carvalho alvarinho.
[Se alguém tiver interesse em consultar os ofícios, basta deixar-me o email, que tenho todo o gosto em facultar cópia.]
E assim termina o "assunto Sintra".

Mas continuo inquieta.

Inquieta, porque as "espécies invasoras" não passam de árvores indefesas que nos fornecem oxigénio e bem poderiam ser transplantadas para outros locais se houvesse um pouco mais de respeito e sensibilidade.

Inquieta, porque ainda não vi uma única árvore plantada nos locais dos cortes.

Inquieta, porque quando cai uma árvore, perdem-se vidas - não só a da árvore, mas também as das famílias de aves que fazem os ninhos nos seus ramos.

Concedo a mim mesma o direito de perguntar:
- Não será a verdadeira espécie invasora e infestante, o Homem?
(pergunta de retórica, não carece de resposta)

Na foto: Uma bela acácia em flor.

Ando à procura...

Não tenho muitos sapatos. No Inverno, uso apenas dois pares de botas, que vou alternando. Tenho preguiça de comprar sapatos e pudor de me descalçar em público [não julguem que tenho calos ou joanetes, que eu até tenho pés bonitos, hã?].
Além disso, se tenho só 2 pés, não vejo para que é que precisaria de 100 pares de sapatos.
Ah!, bem sei que a maior parte das mulheres discorda de mim, bem sei. ;)

Porque cargas d'água falo em sapatos, se o post é sobre livros? Porque os livros são o meu luxo.

Estas férias, decidi realizar um desejo que me acompanhou toda a vida: ir a uma livraria e comprar a colecção completa da "Victoria Plum", de que só tenho 1 livro (na foto).

Eu sei que se trata de literatura infantil...
Mas se escrevo contos infantis, não estranhem que também aprecie ler os que outros autores escrevem. Em particular, a Angela Rippon.

Este livrinho que está na minha mão reconforta-me nos serões melancólicos e inspira-me nas tardes felizes. É o meu livro preferido. O meu chuchu. O meu xódó. Faz-me sentir bem.

Como dizia, lá fui à livraria pedir os restantes livros da Victoria Plum. Ia tão satisfeita que até tive vontade de ir aos saltinhos, a cantar lá-lá-lá-ri-rá. :))

Mas logo levei com um balde de água fria, que ainda me escorre pelos cabelos abaixo:
1. Não são mais comercializados (este livro saíu no início dos anos '80).
2. A Editora já não existe (Agência Portuguesa de Revistas).
3. Desconhece-se mais livros da autora.

Ah... vocês, meus pacientes leitores, não imaginam como fiquei desolada...
Então, fui à Biblioteca Municipal na esperança de encontrar algum exemplar desta colecção.
Também não têm. Procurei na internet, nos sites de leilões, e nada.

Mas eu não acredito que eles se tenham evaporado. Com mil raios, neste país inteiro, há-de haver alguém que tenha livros da Victoria Plum a ganhar pó no fundo de um baú.

Por isso, leitores de Portugal, vasculhem, por favor, as vossas estantes e baús!!
Se encontrarem um exemplar desta colecção que não seja igual ao meu, estou disposta a comprá-lo por um preço justo (notem que o meu nome é só Hazel, e não Hazel Onassis, OK?).

Algumas páginas do meu livro "Victoria e o Velho Ouriço", alusivo ao Outono.

Venham daí esses ossos!

... meus ricos leitores, e acheguem-se para um abraço com os corações a tocarem-se!

Ora contem lá, tiveram muitas saudades minhas, hããããã?

Eu tive saudades vossas, está claro.
De vos escrever. E de ouvir as vossas vozes em forma de palavras escritas.

A vossa escriba está de volta!

Beijos de Verão,