Muitas vezes, as pessoas que chegam às minhas consultas de Tarot ou de Reiki, trazem a Grande Muralha da China à sua volta.
Vêm cheias de reservas, com o coração bem guardado, quase inalcançável.
Nós construímos muros para nos protegermos do mundo. Erguemos barreiras.
Criamos uma imagem social de alguém forte, sem fragilidades injustificadas, que tem tudo controlado, e nem temos a percepção disso.
Metade do tempo de consulta é passado a desmontar esse muro, a retirar as pedras uma por uma, a transpor barreiras, até chegar lá.
É como entrar em casa de alguém, abrir as suas gavetas sem pedir permissão, e encontrar a pessoa completamente despida. Mas tem de ser assim.
Há médicos que tratam o corpo e há os que tratam a alma. Preciso de alcançar as almas e, para tal, necessito de, cuidadosamente, sem causar constrangimentos, retirar todas as vestimentas que as cobrem.
É sempre recompensador, porque descubro coisas que as pessoas desconhecem sobre si mesmas.
Como pureza, amor, luz, sonhos, esperança nas suas almas nuas. É assim que todos somos por dentro, na essência. Divinos, perfeitos.
Depois de desmanchar a Grande Muralha da China, começa a consulta propriamente dita.
E eu quero agradecer a todas as pessoas que me permitiram chegar lá e contemplar a beleza da alma humana.
E eu quero agradecer a todas as pessoas que me permitiram chegar lá e contemplar a beleza da alma humana.
Bem-hajam.
Beijos puros,
Hazel
Hazel
[Depois de reler este post, achei melhor ressalvar que ninguém se despe nas minhas consultas. Pelo menos, de roupas físicas. :)]
Foto: Vladimir Kush
- sexta-feira, março 23, 2012
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