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Dia da Mãe

O meu filho tem 3 anos. É o meu maior tesouro.
Quando nasceu, foi o momento mais feliz da minha vida. Nunca me havia sentido tão grata por existir, como naquela madrugada.
Nesse momento, senti que não precisava de mais nada. Tinha tudo. Ele era (e é) tudo.

Deixei o meu emprego para poder ficar com ele e ser mãe a tempo inteiro.
Foi uma decisão que me trouxe muita paz e momentos felizes.

O primeiro sorriso, os primeiros passinhos, as primeiras palavras, o primeiro cocó no bacio… Estive presente em tudo. Ensinei, protegi, criei, amei, partilhei, brinquei, aprendi, cuidei, alimentei, embalei… e a tarefa ainda mal começou.

Jamais esquecerei um final de tarde em que estávamos os dois sozinhos em casa. Ele tinha apenas alguns meses. O Sol tinha acabado de se pôr, e eu tinha-o deixado na cadeirinha de comer, enquanto fui fechar as persianas todas.

Ele não gostou de ficar sozinho na cozinha, e queria chamar-me, mas não sabia falar; ainda estava a aprender os primeiros sons.
O meu coração deu um salto quando ouvi aquela vozinha dizer “Ámé… ámé… ámé…”
Foi a forma que ele encontrou, na sua linguagem de bebé, de dizer a palavra “mamã”.

Momento maravilhoso. Feliz e inesquecível.

Estou muito grata pelo filho que tenho, por ter tido a possibilidade e a coragem para abandonar o "emprego certinho" para ser eu mesma a criá-lo, por nunca me ter faltado nada, e pelos momentos únicos que tenho tido.
Cronista, Viajante no Tempo, Terapeuta, Taróloga, Tradutora, Professora.

Comentários

Alex disse…
Deixou o seu emprego pelo seu filho? Que bom, para si e, principalmente para ele. Tenho pena de não ter podido fazer isso, mas a vida encarregou-se de me dar uma ajuda: mudei de emprego e hoje tenho bastante disponibilidade.
Críticas? Ah, não sabem do que falam, não sabem o que perdem.
Felicidades!
Fernanda Sampaio disse…
Que lindo, Hazel! Fiquei com lágrimas nos olhos ( não,habitualmente não sou chorona!), adorei o poema e também o seu depoimento que subscrevo na totalidade.
Como eu costumo dizer, no final do mês não sou paga em dinheiro, mas sou paga a cada momento com AMOR. Não entende isso quem pensa no dinheiro primeiro. Não entende isso quem pensa que tudo tem que ter retorno.Não espero gratidão da parte dos meus filhos, um dia no futuro, porque eu já me sinto grata! Fiz esta opção por amor.
Falamos a mesma linguagem, mesmo!
Beijo!
P.S. VOU FAZER O LANCHE DAS CRIANÇAS, hehehe...sempre na corrida...
Flora Maria disse…
Concordo totalmente com você !
Mas
num mundo em que o "Ter" é mais importante do que o "Ser", é natural que criticassem sua sábia opção...
O poema é emocionante mesmo.
Obrigada por partilhá-lo conosco.
Beijo
Flora Maria
C. disse…
Só quem é mãe se consegue exprimir assim Hazel.
O seu filho é um sortudo por ter a mãe só para ele o dia todo.
Só deus sabe o que me custou deixar os meus quando acabaram as licenças de maternidade.
Mas o orçamento não dava para ficar em casa, é difícil nos dias de hoje com tanta despesa.
Parabéns por ter conseguido mudar a sua vida nesse sentido, é muito corajosa.