Era uma vez um menino que se aventurou sozinho no Bosque-Mágico-Onde-Tudo-Podia-Acontecer. Por detrás de um carvalho que tinha o tronco tão largo como uma casa, descobriu uma pequena cabana. A porta estava aberta e ele entrou, curioso.
Lá dentro, a única coisa que havia era uma escada de madeira lisa e bem tratada, sem um único grão de pó. Devia ser uma escada muito especial, pensou. Trouxe-a para fora e encostou-a ao tronco do velho carvalho, para ir espreitar os ninhos.
Porém, algo estranho aconteceu: a cada degrau que subia, a escada esticava sozinha, e apareciam mais degraus para subir. Passaram-se horas esquecidas... ele a subir, e a escada a crescer.
Apercebeu-se que o carvalho há muito que tinha ficado para baixo, e quando olhou para cima, viu que a ponta da escada estava encostada... na Lua Crescente.
Depois de subir mais um pouco, conseguiu sentar-se na curva da Lua.
- Há muitas noites que espero por ti, meu menino... Sinto-me triste; o meu brilho está a desaparecer, já não ilumino os campos como antigamente. Preciso que me tragas pózinhos lunares.
- Pózinhos lunares... o que é isso? Onde há?
- Os pózinhos lunares não existem. Tens de ser tu a criá-los.
- Mas como?
- Com Amor. A cada beijinho que deres, vai libertar-se uma partícula de Luz que mais ninguém vê, senão tu. Deves agarrar essa partícula, que é um pózinho lunar, e colocá-la dentro de uma bolsa de veludo negra como a noite. Quando a bolsa estiver cheia, traz-ma. Por favor, antes que eu entre em Lua Cheia.
O menino ficou assim incumbido de salvar o brilho da Lua.
Quando desceu a escada, pediu à mãe que lhe fizesse uma bolsa de veludo preto. A mãe assim fez, embora não acreditasse na história dos pózinhos lunares.
Ao receber a bolsa acabada de ser cosida pelas mãos da mãe, o menino agradeceu-lhe com um beijo de onde disparou uma faísca cintilante, que logo guardou na bolsa: o primeiro pózinho lunar...! Como foi produzido por um amor tão forte e puro, entre a mãe e o menino, esse pózinho encheu logo metade da bolsa.
Ficou felicíssimo, e logo correu à procura do pai, dos amigos, dos colegas, dos vizinhos e de todas as pessoas que conhecia. A bolsa foi enchendo ao longo dos dias, e o sorriso da Lua lá em cima acompanhava tudo com ternura e atenção.
Na noite antes da Lua Cheia, o menino subiu a escada de madeira para levar os pózinhos lunares conforme combinado. A bolsa pesava muito e as suas costas doíam do esforço.
As pernas tremiam, e as mãos, já sem força, deixaram escapar a bolsa de veludo, que caiu lá para baixo, espalhando os pózinhos lunares pelo chão. O menino nem podia acreditar! Chorou desolado e pediu desculpa à Lua.
Quando a primeira lágrima que caiu tocou no chão, levantou-se um vento morno que espalhou os pózinhos pelo ar. Foi a mais bela visão da sua vida. Os pózinhos lunares começaram a voar, como pequeninas estrelas, levados pelo sopro de ar, em direcção à Lua.
Como por magia, a Lua recuperou o seu brilho, e cintilou como nunca fora antes visto.
Um mar de prata banhou os campos, entrou pelas janelas das casas, e dançou nos olhos das pessoas que saíram à rua para ver o mais belo luar de sempre.
O menino ficou conhecido como O Menino da Lua.
E a Lua brilhou para sempre... concedendo desejos a quem nela acreditar.
[Protegido por Direitos de Autor.]
Lá dentro, a única coisa que havia era uma escada de madeira lisa e bem tratada, sem um único grão de pó. Devia ser uma escada muito especial, pensou. Trouxe-a para fora e encostou-a ao tronco do velho carvalho, para ir espreitar os ninhos.

Apercebeu-se que o carvalho há muito que tinha ficado para baixo, e quando olhou para cima, viu que a ponta da escada estava encostada... na Lua Crescente.
Depois de subir mais um pouco, conseguiu sentar-se na curva da Lua.
- Há muitas noites que espero por ti, meu menino... Sinto-me triste; o meu brilho está a desaparecer, já não ilumino os campos como antigamente. Preciso que me tragas pózinhos lunares.
- Pózinhos lunares... o que é isso? Onde há?
- Os pózinhos lunares não existem. Tens de ser tu a criá-los.
- Mas como?
- Com Amor. A cada beijinho que deres, vai libertar-se uma partícula de Luz que mais ninguém vê, senão tu. Deves agarrar essa partícula, que é um pózinho lunar, e colocá-la dentro de uma bolsa de veludo negra como a noite. Quando a bolsa estiver cheia, traz-ma. Por favor, antes que eu entre em Lua Cheia.
O menino ficou assim incumbido de salvar o brilho da Lua.
Quando desceu a escada, pediu à mãe que lhe fizesse uma bolsa de veludo preto. A mãe assim fez, embora não acreditasse na história dos pózinhos lunares.
Ao receber a bolsa acabada de ser cosida pelas mãos da mãe, o menino agradeceu-lhe com um beijo de onde disparou uma faísca cintilante, que logo guardou na bolsa: o primeiro pózinho lunar...! Como foi produzido por um amor tão forte e puro, entre a mãe e o menino, esse pózinho encheu logo metade da bolsa.
Ficou felicíssimo, e logo correu à procura do pai, dos amigos, dos colegas, dos vizinhos e de todas as pessoas que conhecia. A bolsa foi enchendo ao longo dos dias, e o sorriso da Lua lá em cima acompanhava tudo com ternura e atenção.
Na noite antes da Lua Cheia, o menino subiu a escada de madeira para levar os pózinhos lunares conforme combinado. A bolsa pesava muito e as suas costas doíam do esforço.
As pernas tremiam, e as mãos, já sem força, deixaram escapar a bolsa de veludo, que caiu lá para baixo, espalhando os pózinhos lunares pelo chão. O menino nem podia acreditar! Chorou desolado e pediu desculpa à Lua.
Quando a primeira lágrima que caiu tocou no chão, levantou-se um vento morno que espalhou os pózinhos pelo ar. Foi a mais bela visão da sua vida. Os pózinhos lunares começaram a voar, como pequeninas estrelas, levados pelo sopro de ar, em direcção à Lua.
Como por magia, a Lua recuperou o seu brilho, e cintilou como nunca fora antes visto.
Um mar de prata banhou os campos, entrou pelas janelas das casas, e dançou nos olhos das pessoas que saíram à rua para ver o mais belo luar de sempre.
O menino ficou conhecido como O Menino da Lua.
E a Lua brilhou para sempre... concedendo desejos a quem nela acreditar.
[Protegido por Direitos de Autor.]
Comentários
Beijinho
Consorte
Estou encantada com este conto! Amo muito a Mãe Lua, e esta linda e encantadora historinha me tocou...obrigada por me proporcionar momentos tão doces e inspiradores.
Parabéns pelo seu talento flor.
Tenha uma linda e iluminada semana.
Beijos flor.
Flores e Luz.
Beijinho
Beijinhos Hazel
Gostei muito Hazel :)
Obrigada Hazel por todas estas partilhas maravilhosas.
Beijos luminosos
Bjos
Obrigada
Beijinhos
Bjocas
Patty
Quando eu tiver um pequeno lhe contarei.
Boa semana!
Adorei............rsrs!!
beijoos
Parabéns.
;)
Belo conto.
Abraços
Jader Resende
Já arquivei, prá quando vierem os netos...
Bjs
Que lindo...
Beijos e uma maravilhosa semana.
bjus
Mas como tudo na vida, passou a fase, e eu me arrependo de não ter posto no papel.
Deixa eu dizer uma coisa importante.
Aqui na China, adultos também usam rodinhas auxiliares nas bicicletas,sem nenhum problema.
já ví muitos usando, que tal arrumar um par para pôr na tua bicicleta?
Acho que te fará bem feliz, e não ralarás joelho nenhum no aprendizado!
bjos
http://popup.lala.com/popup/432627065038654794
Adorei a sua visita e vim agradecer!
Um beijo !
Bom para crianças e adultos...
Adorei amiga...
beijos...
Adorei a sua história e vou conta-la para o Artur.Beijocas, com muitos pózinhos lunares!!!
(REizel) ou (razel)??
Pronuncia-se "Heizel". Mas há quem pronuncie "Hazel", à maneira portuguesa, e também está correcto.
Até ao momento em que redigi este post, nunca me tinha ocorrido escrever um livro para crianças.
Mas após ter contabilizado o número de contos que já criei para o meu filho (ainda são poucos), e depois deste último... não posso dizer que não gostasse de ter um livro meu aí nas bancas. É... gostava, sim! :))
Obrigada.
vou contar para meu filhote...bjo e obrigada pelas doces palavras...
obrigada
Mônica
Esse conto me fez lembrar de minha prima prima que nao esta mais aqui...
A alguns anos atraz ela e meus tios moravam praticamente enfrente a praia bastava andar uns 2 minutos para chegar na praia, saimos anoite meio escondidos para ir ver a lua nascer na praia que é ate hoje meio deserta anoite, nao tinha postes de iluminaçao, o que iluminava era a luz das estrelas, ficamos ali sentados por um tempo anciosos pelo nascer da lua, so que acho que a lua estava timida aquela noite e mesmo assim demos uma refrescada no mar e as ondas estavam tao lindas, cintilavam em prata, foi um dos momentos mais lindos de minha vida, aquela sensaçao de alegria e bem estar!
bjs!
Oxalá possas ver um dia os teus contos publicados, porque teem qualidade para tal. Pois que hoje venho eu contar-te uma pequena história...
Inspirada neste conto e na imagem (LINDA) que o acompanha, fiz um presente de aniversário diferente,
para alguém que me é próximo e que desde sempre se sentiu fascinado e influenciado pelas fases da lua (mas sem saber nada sobre o assunto).
Li os teus posts sobre este assunto, consultei alguns blogs que recomendaste anteriormente e tirei apontamentos sobre os ciclos da lua, como nos influenciam, de que forma se celebram alguns dos rituais lunares, etc.
Comprei um album de fotografias e fiz como nos tempos de escola, munida de tesoura, papel e cola: juntei textos manuscritos sobre as fases da Lua, fotografias, pensamentos, desejos, pedidos...
Resultou num presentinho diferente, simples, mas único, inspirado no teu conto.
Achei que tinha de partilhar contigo!
Um beijinho
Paula M.