Os ventos uivam no céu negro como demónios esquivos e enraivecidos à solta.
Os redemoinhos ascendentes de ar gelado partem o tecto do mundo em fragmentos de espelho de obsidiana.
É ela. A Senhora da Solidão.
Saiu pela noite fora, dominando os céus e abrindo a boca enorme e voraz para engolir todos os que estiverem sozinhos em casa.
Não adianta trancar as janelas, pois a Senhora da Solidão, com as suas vestes andrajosas, tecidas de fio de teia-de-aranha preto, atravessa as frestas mais ínfimas, liquefazendo-se e escorregando pelas paredes. Sobe pelos pés da cama no silêncio da noite e devora-nos inteiros.
No dia seguinte, acordamos com o pescoço gelado, achando que temos de isolar as janelas porque entram estranhas correntes de ar. Mas ela consegue sempre passar.
Nem que seja pelo buraco da fechadura...
Os redemoinhos ascendentes de ar gelado partem o tecto do mundo em fragmentos de espelho de obsidiana.
É ela. A Senhora da Solidão.
Saiu pela noite fora, dominando os céus e abrindo a boca enorme e voraz para engolir todos os que estiverem sozinhos em casa.
Não adianta trancar as janelas, pois a Senhora da Solidão, com as suas vestes andrajosas, tecidas de fio de teia-de-aranha preto, atravessa as frestas mais ínfimas, liquefazendo-se e escorregando pelas paredes. Sobe pelos pés da cama no silêncio da noite e devora-nos inteiros.
No dia seguinte, acordamos com o pescoço gelado, achando que temos de isolar as janelas porque entram estranhas correntes de ar. Mas ela consegue sempre passar.
Nem que seja pelo buraco da fechadura...
Comentários
*))
*__*
Abraços, Hazel.
Elaine
Tampe o buraco da fechadura também, hehehe...
Bjs
Fátima Ventura