Ao longo da vida, houve pessoas que gostaram dela. Poucos, muito. Muitos, mais ou menos.
Houve também outros que nunca gostaram dela, porque ela não era como eles queriam. Ou só porque existia.
Outros ainda, deixaram de gostar, porque ela nunca se tornou no que eles queriam que se tornasse.
Até ela, tempos houve em que quase deixou de gostar de si mesma porque aqueles de quem gostava não gostavam de si. Então, esses passaram a gostar ainda menos dela.
Mas ela não poderia deixar de ser quem era para tornar-se algo que não era, e assim esperar que os outros já gostassem de si. Os outros gostariam de alguém que, na verdade, não existia e de quem ela não iria gostar porque estaria a enganar-se a si mesma. Não podia ser assim.
Ela é que tinha de gostar de si mesma.
Os outros não tinham essa obrigação, mas ela tinha. Apenas ela.
E, assim, começou a gostar muito de si mesma, sem pensar em mais nada.
Então, vieram outros que seguiram o exemplo, e gostaram dela, para sua surpresa.
Os que antes não gostavam, dividiram-se. Uns, passaram a gostar ainda menos.
Outros, passaram a gostar para ver o que poderiam ganhar em troca.
Ela continuou a gostar de si mesma, indiferente a todos.
E vieram cada vez mais pessoas a gostar dela.
Mas ela não se deixava influenciar, nem pelos que gostavam, nem pelos que não gostavam, nem pelos que tinham passado a gostar por conveniência.
Ela gostava de si mesma sempre da mesma maneira, sem nunca mais voltar atrás.
E é assim que está certo.
Comentários
Fez ela muito bem em não desistir de si mesma!
;)
Mil beijinhos para ti Hazel, há tanto tempo que não comento os post, mas sempre sigo o blog. Inspiras-me tanto mulher Linda! :)
Maria José