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As Rosas de Heliogábalo - Alma-Tadema

"As Rosas de Heliogábalo" - 1888
Ninguém diria que este quadro, pintado pelo holandês Sir Lawrence Alma-Tadema, tão belo, delicado, leve e perfumado, na verdade, é um retrato perfeito da malvadez requintada.

Heliogábalo é o cognome atribuído post mortem ao jovem imperador romano Marco Aurélio Antonino. Tornou-se Imperador aos 14 anos de idade, foi assassinado aos 18.

Os seus quatro anos de poder (e últimos de vida) foram marcados pela excentricidade e escândalos sexuais e religiosos. Casou-se 5 vezes, uma das quais, com uma virgem vestal. Teve vários amantes do sexo masculino, usava maquilhagem e prostituía-se. Ofereceu uma fortuna ao médico que pudesse operá-lo de forma a ter órgãos sexuais femininos.

O quadro "As Rosas de Heliogábalo" eterniza um banquete onde se vê o Imperador em segundo plano, deitado juntamente com alguns dos seus favorecidos, a observar com deleite os restantes convidados enquanto estes são asfixiados com milhares de violetas, rosas e outras flores que caem inesperadamente de um tecto falso.

Um assassinato perfumado, premeditado por um Imperador caprichoso, intoxicado pelo próprio poder e pelo sentido de beleza até no mais vil e traiçoeiro dos actos.

Sobre o perfume das flores,

Hazel
Cronista, Viajante no Tempo, Terapeuta, Taróloga, Tradutora, Professora.

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