Os ciclos da vida são iguais aos da Natureza que, tanto nos enche a casa e a alma de Sol, calor e esperança, como de vento frio que escancara atrevidamente as janelas mal trancadas e nos rouba o conforto, as certezas e o ânimo. É tudo tão maior que nós.
E, mesmo assim, ainda acreditamos que conseguimos controlar alguma coisa.
Nós não controlamos absolutamente nada. Zero. Não controlamos a Natureza, não controlamos o trânsito (excepção concedida aos polícias-sinaleiros e, mesmo assim, há sempre o risco de alguém lhes desobedecer), não controlamos o futuro dos nossos empregos, não controlamos a velocidade da ligação à internet, não controlamos os remoinhos no nosso cabelo, não controlamos a nossa própria vida.
Nós não controlamos absolutamente nada. Zero. Não controlamos a Natureza, não controlamos o trânsito (excepção concedida aos polícias-sinaleiros e, mesmo assim, há sempre o risco de alguém lhes desobedecer), não controlamos o futuro dos nossos empregos, não controlamos a velocidade da ligação à internet, não controlamos os remoinhos no nosso cabelo, não controlamos a nossa própria vida.
Já é uma sorte tremenda se nos conseguirmos controlar a nós mesmos perante a imprevisibilidade das pessoas que, por vezes, nos pregam uma rasteira quando julgávamos que nos iam dar uma palmada amigável nas costas; ou das situações, que pareciam estar tão bem encaminhadas, mas, afinal, nos escaparam como areia da praia entre os dedos.
Esta semana, o Cavaleiro de Espadas, frio e contundente como o vento invernoso que se debate contra a chegada da Primavera, mostra-nos a necessidade de aprender a respirar no meio do caos, lidar com os imprevistos e preservar a serenidade quando todos à nossa volta parecem ter enlouquecido ou perdido a noção dos valores humanos mais básicos.
Seguindo os ensinamentos da professora Natureza, lida-se com os dissabores e os imprevistos da mesma forma que se lida com um temporal que surge repentinamente e nos interrompe um dia que prometia ser quente e ameno: sem lamentos nem zangas.
Esta semana, o Cavaleiro de Espadas, frio e contundente como o vento invernoso que se debate contra a chegada da Primavera, mostra-nos a necessidade de aprender a respirar no meio do caos, lidar com os imprevistos e preservar a serenidade quando todos à nossa volta parecem ter enlouquecido ou perdido a noção dos valores humanos mais básicos.
Seguindo os ensinamentos da professora Natureza, lida-se com os dissabores e os imprevistos da mesma forma que se lida com um temporal que surge repentinamente e nos interrompe um dia que prometia ser quente e ameno: sem lamentos nem zangas.
Aceitamos a inevitabilidade do que nos rodeia e adaptamo-nos com a mesma rapidez com que fomos surpreendidos. Fácil de dizer, mas difícil de fazer, pensarão.
Ainda assim, é mais eficaz ir buscar um chapéu de chuva do que pôr a cabeça de fora da janela e reclamar com as nuvens: “Oiçam lá, eh vocês aí em cima! Acham que isto é tempo que se apresente?” Não... Não creio.
Hazel
Hazel
Crónica semanal publicada no Jornal O Ribatejo, 3 Março
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