Pipocas & Cinema (receita das pipocas incluída)!


Se ainda não tem planos para logo à noite, a minha sugestão é... P.C.!
Que é como quem diz... Pipocas & Cinema!

Um pacote de milho para pipocas custa cerca de 0,32€ no supermercado, e é tudo o que precisa de gastar para uma noite de loucura.

E porque ainda há pessoas no mundo que não conseguem fazer pipocas sem queimar o fundo da panela (calma, eu já fui uma delas!), as instruções detalhadas:

Ingredientes: 2 colheres de sopa de óleo + 1 chávena de chá de milho para pipocas

1. Colocar uma panela com o óleo e o milho, tapada, em lume brando;
2. Abanar a panela de vez em quando, para que as pipocas não queimem e para que o milho que ficou em cima se espalhe pelo fundo;
3. Quando as pipocas pararem de saltitar, desligar o lume. Acrescentar açúcar, se quiser.

E o Cinema? Aqui vão 3 filmes que podem ver (ou rever) - grátis! - no youtube:

O Monte dos Vendavais
Protegida por um Anjo
O Santuário - terror

Saí para comprar milho,

Hazel


Vinagre dos Quatro Ladrões

O Vinagre dos 4 Ladrões é um preparado que teve origens na Baixa Idade Média, durante o tenebroso período da Peste Negra na Europa.

Cerca de um terço da população europeia foi colhida pela foice implacável da morte. Naturalmente, supunha-se que a Peste era obra do Diabo!

Contudo, havia um grupo de quatro ladrões que tinham a audácia de invadir as casas dos moribundos, e roubar tudo o que queriam, permanecendo, de uma forma sobrenatural, imunes à epidemia.

Quando foram presos, revelaram no julgamento que o segredo para conseguirem escapar da Peste era uma poção mágica que tinha como base o vinagre, ervas sagradas maceradas, assim como outras substâncias, e era confeccionado com orações, cumprindo toda uma ritualística secreta. 

Os ladrões lavavam-se com a poção mágica para manter a imunidade contra todos os males, permanecendo, assim, intocados pela Peste. Sabemos agora, à luz da ciência, que muitas das ervas que entram na composição são desinfectantes e repelentes naturais de parasitas e outros agentes transmissores de doenças.

Todavia, prevalece uma aura de misticismo em torno do Vinagre dos 4 Ladrões, que, não obstante o seu valor enquanto desinfectante, foi pelo seu valor mágico que continuou, ao longo dos séculos e até aos dias de hoje a ser utilizado para protecção contra todo o tipo de malefícios: doenças, azar, inveja, mau-olhado, magia negra, energias obsessoras, trabalhos de feitiçaria, perigos, etc..

Beijos mágicos,

Hazel

"Farta de tudo"



Estou a ouvir lá fora na rua uma mulher de meia-idade a gritar que está farta de tudo. Está louca da vida.

Deuses me protejam, que estou quase a caminho dos 40.

Hihihi... glup!

Exercício contemplativo para a Paz Interior


Levantar ligeiramente o queixo e descer um pouco as pálpebras, alinhando os olhos com o horizonte largo e luminoso. 

Descobrir que o horizonte também está dentro dos nossos olhos, que se enchem de claridade e a espalham por todo o interior do nosso corpo, como se fosse uma casa de janelas amplas e cortinas abertas a receber a luz da manhã.

Só hoje percebi o quão profundo e apaziguador pode ser contemplar o horizonte.

Entendi que não basta contemplá-lo só pela beleza, mas ajustar os nossos olhos a ele e depois descobri-lo inteiro dentro de nós.

Nesse momento, o ponteiro descontrolado da nossa bússola interna alinha-se com o Norte, revelando-nos todas as outras direcções e mostrando-nos que estamos no momento certo, no lugar certo, a fazer aquilo que nos propusemos fazer. Todas as respostas estão dentro de nós, no entanto, só conseguimos vê-las quando nos sintonizamos com o Universo... e connosco.

Em contemplação,

Estar no mundo, mas não lhe pertencer


Ser mulher é muito difícil.
Se sou simpática e sorridente, julgam-me subserviente.
Se fico séria, julgam-me arrogante.
Se visto uma roupa com decote, julgam-me provocadora.
Se me tapar muito, julgam-me puritana.

[Estive quase para terminar cada uma das frases anteriores com a palavra "bardamerda", assim:
Se sou simpática e sorridente, julgam-me subserviente. Bardamerda.
Se fico séria, julgam-me arrogante. Bardamerda.
Se visto uma roupa com decote, julgam-me provocadora. Bardamerda.
Se me tapar muito, julgam-me puritana. Bardamerda.]

Com o passar dos anos, o mundo começou a querer impôr outras exigências. [Bardamerda?]

Aos 37 anos, o mundo estranha que eu tenha o cabelo tão comprido.
E, pior, que o use sempre solto.

Já era o momento para cortá-lo e encaixar-me, assim, na formatação da mulher que se aproxima da meia-idade e, portanto, precisa de ser prática e deixar-se de romantismos e idealismos.

Aos 37 anos, o mundo estranha que eu continue a rir-me e mantenha a delicadeza que sempre me caracterizou. Já era tempo de me tornar mais sisuda, mais pesada.

Aos 37 anos, o mundo, que tanta necessidade tem de catalogar as pessoas, fica confuso comigo, não sabe onde me colocar, porque não sou igual às outras mulheres da minha idade. Em todas as idades por que passei, sempre fui a peça de puzzle que não encaixava em puzzle algum.

Quando entrei na idade adulta, tentei ser igual aos outros, tentei ser o que o mundo esperava que eu fosse, castrando os meus próprios sonhos e ambições. Não fui feliz.

Porque eu não era eu. Levei muitos anos até perceber que, para ser feliz, tenho de ser eu mesma; diferente, rebelde, incompreendida e incompreensível. Injustificada e injustificável. Amada, mal-amada, criticada ou elogiada. Mas eu, sempre eu.

Por isso, rio-me na cara do mundo quando este me olha com estranheza.
E nada digo, porque não preciso de explicar-me a esse monstro abstracto, essa sombra das multidões projectada na parede, que escraviza as mulheres tornando-as todas iguais umas às outras, e diferentes de si mesmas.

Hazel