Todas as manhãs, cumpro este ritual: abro as janelas da casa e deixo o vento entrar.
Mesmo que esteja frio, como hoje. O novo ar, que traz o cheiro da terra húmida do orvalho da manhã, percorre todas as divisões, e varre as paredes, os tectos, o chão.
Leva as velhas energias e traz renovação. Afinal, cada dia é um recomeço.
Há sempre uma brisa a correr, lembrando o sangue que corre nas veias. A casa está viva.
Depois de renovar o ar, fecho as janelas, e deixo uma fresta, para que o chi continue a circular.
As cortinas, brancas e leves, ondulam ao ritmo da brisa, como se a casa estivesse a respirar.
Expira... inspira...
Hazel
- quinta-feira, novembro 11, 2010
- 33 Commentários