Ninguém conhece ninguém

Quem sou eu, um nome? O número do cartão de cidadão?
A imagem que aparece reflectida no espelho? A minha voz? Serei as coisas que vivi?
Ninguém pode atrever-se a afirmar "conheço-te muito bem"sobre qualquer pessoa. Tal afirmação não é reveladora de conhecimento, mas de grande ignorância.

Ninguém me conhece. Nem eu mesma me conheço totalmente.
Aquilo que se afirma erradamente conhecer acerca de alguém é apenas uma partícula ínfima dessa pessoa. Menor do que um átomo. Menor ainda do que um electrão.
O meu Eu não é o meu corpo, nem a minha história de vida.

O meu Eu é até infinitamente maior e mais sábio do que eu. Encontra-se num plano superior; podemos mesmo imaginá-lo no espaço sideral, sentado ao lado dos Deuses, formando um círculo.

Não possui bens materiais nem sequer forma física. Talvez nem mesmo um nome. Apenas uma vibração própria, que a identifica e distingue das outras, assim como cada estação de rádio ocupa a sua própria frequência.

Está acima das angústias e aflições terrenas, porque possui o Conhecimento Absoluto. Não existe tempo nem espaço para ele.

Todas as minhas sucessivas vidas terrenas fundem-se numa linha única e contínua que se entrelaça com as linhas de vida de outras pessoas, formando uma teia cujo sentido e destino desconheço enquanto ser humano que caminha na Terra.

Por vezes, capto um vislumbre de um fio de luz irradiado pela força inesgotável, serena e silenciosa do meu Eu superior. Aquele que tudo sabe e tudo vê. Tenho flashes de momentos e aprendizados de outras vidas, que algum tempo depois o meu senso-comum trata de fazer confundir com a imaginação.

Costuma ser perigoso saber-se demais. Atrapalha o nosso percurso evolutivo.
Podem até acusar-nos de insanidade.

Mas podemos sempre contactar o nosso Eu superior se buscarmos por ele dentro de nós. Cada ser humano tem o seu próprio Eu Superior, também sentado ao lado dos Deuses, formando um círculo tão redondo e perfeito quanto o planeta Terra visto do espaço.

Beijos siderais,

Hazel

Foto: rmforall@gmail.com, Flickr, licença CC 2.0

A idade das bruxas

As bruxas andam envoltas num véu invisível que produz um encantamento em quem as observa, vendo-as sempre com uma aparência jovem, mesmo que tenham centenas de anos...

Esta vossa escriba está a envelhecer.
Já fui Donzela, sou Mãe, e começo lentamente a minha caminhada para chegar a Anciã.
As três faces sagradas da Deusa, que cumpro sem pressas.

Isto de envelhecer traz as suas compensações. Perde-se na rigidez dos seios [oh Deuses, eu escrevi mesmo isto?], mas ganha-se em paz interior, com a reconciliação que fazemos connosco.

Perde-se todos os dias um bocadinho de auto-crítica e ganha-se em auto-estima.
Cada vez nos vamos tornando mais nós mesmos, e menos aquilo que os outros esperam que sejamos. Consequentemente, as relações que temos com as outras pessoas redefinem-se. Umas, aprofundam-se. Outras, extiguem-se.

Vamos dando cada vez menos valor ao que os outros pensam, e mais valor àquilo que sentimos que está de acordo com os nossos princípios. Aprende-se a apreciar e até mesmo a saborear a solidão, porque ninguém nos compreende tão bem quanto nós. :)

Não sei até quando este meu feitiço de juventude irá durar, mas acho que aquilo que o mantém activo é o prazer que eu tenho numa boa gargalhada.
Com mil vassouras, enquanto houver alegria e sentido de humor, serei eternamente jovem!

Dentro de poucas semanas, vou fazer anos, e isso de fazer anos é algo que me traz sempre uma sensação esquisita, de desconforto. Parece que o mundo inteiro nos observa nesse dia, e nunca se sabe quem vai saltar de trás de um arbusto para nos pregar um susto. Metaforicamente. É. Fazer anos é uma coisa assustadora para mim!

O que compensa este desconforto e o susto contínuo de 24 horas são os presentes. ahahah!
E, por isso, deixo aqui uma lista - vai que o Pai Natal lê o meu blog - de coisas que eu gostava de ter:

- Alcofa de palha. Acho que mais ninguém se lembraria disto, mas eu sou uma pessoa de gostos simples, e gosto de alcofas de palha, são ecológicas, vintage, servem para tantas coisas...

- Máquina de costura pequenina. Ora aqui está uma coisa que nunca pensei vir a querer.
O que não faz a idade! Não sei rematar em máquina de costura, mas quão difícil poderá ser?

- Sabonetes. Acho que sou a única pessoa do mundo que gosta de receber sabonetes de presente, mas gosto mesmo. Que foi?

- Pedaços de tule. Brancos ou pretos. O mundo de possibilidades artesanais que eles oferecem...

- O livro "Siddhartha", de Hermann Hesse. É o meu livro preferido, que já tive, mas infelizmente fiquei sem ele, e parece que nunca mais o vou reaver.

- Uma estatueta bonita de Iemanjá. De quem sou devota. A minha perdeu os dedos misteriosamente! Ninguém lhe tocou, e desapareceram - coisa estranha...

- Uma pena de falcão. Que não tenha sido arrancada, pelamordosdeuses!

- Um lápis khol preto para olhos. Homessa, é a primeira vez que peço uma coisa destas.
Mas a idade, a idade...

E é tudo!
Podia pedir uma casa nova, uma oferta de emprego fantástica, um patrocínio generoso, uma viagem ao Brasil ou até mesmo uma colecção inteira de vestidos novos. Mas não.
A idade ensina-nos a ser pacientes e a apreciar as coisas pequenas, porque a grandeza está dentro do nosso coração.
Embora... se algum destes desejos se concretizar, não vou desdenhar, não... ahahah!

Beijos para todas as idades,
Hazel

Consultas de Tarot


O Tarot representa todas as etapas do percurso da vida humana. É uma valiosa ferramenta de aconselhamento e orientação que permite:

- Expandir a consciência através do auto-conhecimento;
- Saber que influências nos rodeiam;
- Antever acontecimentos;
- Estar preparado para lidar com os desafios;
- Retirar a aprendizagem inerente a cada situação ou relacionamento;
- Definir estratégias e fazer as escolhas que mais nos beneficiam.

O nosso destino não está traçado; constrói-se aos poucos em cada decisão que tomamos.

As consultas são realizadas em ambiente informal e sigiloso.
São abordados todos os temas que desejar.
Duração aproximada de 1 hora. 

Valor: 55€

LOCAIS DE ATENDIMENTO

CASCAIS : Espaço privado

OEIRAS : Espaço S
geral@lojaespacos.com / 929 274 228

ONLINE : Skype, Messenger, Hangouts, WhatsApp

Hazel



Respirar pelo umbigo

A zona do umbigo é um dos mais importantes centros energéticos do corpo humano.

Não é por acaso que se sente aquela sensação desconfortável de "frio na barriga" quando algo de importante ou diferente está para acontecer.

Este centro energético funciona assim, como uma espécie de bússola interna que se manifesta através destas sensações físicas, e até quem não acredita nas "energias" as sente.

Quando estamos nervosos ou numa crise de ansiedade, a respiração tende a ser superficial.
Para acalmar a ansiedade, regularizar o fluxo energético e ajudar a eliminar negativismos, devemos concentrar-nos numa respiração regular e profunda, na zona do umbigo.

Inspira... expira... inspira... expira...

A-ha! Aproveito para informar que o umbigo da foto não é da vossa tímida escriba, não... Veio do Flickr. Crédito da foto abaixo.

Beijos no umbigo, (uia!)
Hazel

[Foto: Dear, max, no Flickr.com, licença CC 2.0]

O que é uma Balzaquiana?

A expressão "mulher balzaquiana" não é de agora. Existe há cerca de 2 séculos, e surgiu com o livro "A Mulher de Trinta Anos", escrito pelo escritor realista francês Honoré de Balzac.

A personagem principal deste livro, "Julie d'Aiglemont", é a típica mulher mal-casada que, depois de vários anos de insatisfação, reencontra o amor nos braços de outro homem.
Um escândalo para a Sociedade hipócrita da época.

[Pausa.
Que em nada difere da Sociedade actual.
Senão, vejamos:
Mulher deixa marido: "Ela não vale nada."
Marido deixa mulher: "Ela não devia valer nada."
Mulher bate no marido: "Ela não presta."
Marido bate na Mulher: "Ela devia ter feito alguma coisa para merecer."
Fim de Pausa.]

As balzaquianas são as mulheres na casa dos 30 anos, que amadureceram e deixaram o romantismo e ingenuidade dos 20 anos para trás.

Têm uma visão realista e confiante de si mesmas e do mundo.
Aprenderam que a vida é demasiado valiosa para ser desperdiçada entregando-se à resignação por medo das críticas alheias.
E, por isso, rompem amarras e vivem a vida e o amor em toda a plenitude.

É assim a mulher de trinta anos retratada pelo escritor Honoré de Balzac.
Que os anjinhos cantem em seu louvor!

Beijos balzaquianos,
Hazel