Quatro mudas de roupa

Existe uma pessoa que viaja permanentemente pelo mundo com uma mala apenas. 
Não tem casa. A sua casa é o mundo. Por onde passa, deixa um rasto de encanto e magia. A sua leveza e serenidade apaixona homens e mulheres. 

Na mala, transporta 4 mudas de roupa completas, além dos seus amuletos e talismãs. 
É praticamente tudo o que tem, esta pessoa que viaja levada pelo vento.

Até parece que estou a descrever uma personagem inventada, mas é uma pessoa real. Escolhi omitir o seu nome; se alguém adivinhar quem é, não confirmo nem desminto!

Não me sai da cabeça que aquela pessoa só possui 4 mudas de roupa.
Sempre que abro o roupeiro, lembro-me que é possível viver apenas com 4 mudas de roupa -  as nossas roupas preferidas.

Pode-se combinar e alternar as peças umas com as outras, e vestir apenas aquilo de que gostamos mesmo. Afinal... [ler devagarinho]  q u e m   é   q u e   é   d e   q u e m ?
São as roupas que são nossas, ou nós que somos das roupas?

É apenas roupa, podem pensar. Mas as roupas interferem com o nosso estado de espírito, podem fazer-nos sentir confiantes ou deprimidos.

Desde que ando a pensar nisto, ao longo dos últimos meses, as minhas 2 gavetas de roupa ficaram com o volume pela metade, a ponto de estar quase a poder juntar tudo numa só gaveta. E o roupeiro ganhou mais oxigénio no intervalo entre cabides.

O mais importante da vida não são as roupas que usamos, mas a vida que vivemos.
Para quê 15 pares de sapatos? Temos 2 pés, ou somos uma centopeia?

Virada do avesso,

Ritual nocturno para cabelos longos e saudáveis

Os supermercados estão repletos de produtos para os cabelos, mas, ainda assim, continuo a ter uma predilecção pela simplicidade nos cuidados capilares. Para quê complicações, hã?

Um ritual simples (e económico!) que tenho para manter as pontas dos cabelos hidratadas e macias é molhar os dedos em óleo e passá-los nas pontas dos cabelos à noite, antes de dormir. Basta duas ou três gotinhas!
E só nas pontas!

Mas que tipo de óleo, Hazel?, vós perguntais.

Óleo de massagens. De qualquer marca, desde que seja natural, sem aditivos sintéticos.

Os óleos de massagens são hidratantes e, se são bons para a pele, são bons também para o cabelo.

Pela manhã, o óleo terá sido completamente absorvido pelo cabelo, o que facilita depois a escovagem e permite que dominem o animal selvagem capilar. Aha!

Hidratada e maravilhosa,

Hazel

Que faço eu acordada a estas horas?

Aqui estou. 7 da manhã de Domingo, e acordada há duas horas. Ou seja, desde as 5 que ando a rolar de um lado para o outro na cama como uma minhoca de plasticina entre as mãos de uma criança e o tampo de uma mesa. Até que me levantei. E uma pessoa só se levanta a estas horas num Domingo:

- Se trabalhar nos Bombeiros, Polícia ou num Hospital;
- Em caso de catástrofe natural;
- Um caso de urgência sanitária (em boa verdade, algumas urgências sanitárias são, também, uma espécie de catástrofe natural);
- Se for o Batman, a Mulher-Elástico, o Super-Homem, ou outro super-herói;
- Se for um daqueles madrugadores que vêm do planeta dos madrugadores e que eu sempre quis ser, mas sempre me achei fraca demais para conseguir (fraca = preguiçosa).

Ora, o que se passou é que quando me tenho deitado nas últimas noites, fecho os olhos e penso que quero acordar cedo na manhã seguinte. Penso isso com a cabeça, com os braços, com as pernas, com as orelhas e até com as unhas dos pés. Penso com cada célula do meu corpo. E penso com tanta força, que estou a conseguir. Estou mesmo a conseguir!
Só que desta vez pensei com força demais.

Então, é assim o mundo às 7 da manhã de um Domingo. Então, é isto que os madrugadores sentem. Então... Então... Que doideira!

E agora, o Sol a nascer!
E eu acordada há 2 horas!
E o dia todo pela frente!

Tinha que registar este momento tão raro como a passagem do cometa Halley, mesmo com olhos remelosos e cara de insecto.

Beijos madrugadores,

6 anos de Casa Claridade!

Com mil vassouras!
Então, já estamos em Março e ninguém me dizia nada? (palmada na minha própria testa!)

Deixei passar o aniversário deste blogossauro que dá pelo nome de Casa Claridade e no passado dia 20 de Fevereiro completou 6 anos de vida. Seis anos! BIBAAAAAA!!!

Estou aqui deste lado, de coraçãozinho palpitante e feliz (ainda que, imperdoável!, com quase 1 mês de atraso) por ter conseguido levar tão longe uma página que servia para eu escrever sobre o que gostava, apenas pelo prazer de escrever, e só tinha 3 leitores: me, myself and I!

6 anos depois, as estatísticas indicam que este blog já foi visitado por mais de 1 milhão de pessoas. Ou então, as estatísticas são umas exageradas, eu sei lá!

O que importa não são os números, mas aquilo que me fez começar e que me mantém aqui: fazer o que me faz feliz. Quer haja 1 pessoa a ler, ou 1 milhão delas.

Homessa, esperem lá. Mas estou a querer dizer que não me importo convosco, qual ingrata?
Já não bastava ter-me esquecido do aniversário do blogossauro?

Minhas riquezas, vocês são os frutos desta árvore e deram todo um novo sentido e propósito à minha vida.

E, por tudo isto, só posso juntar as mãos em frente ao coração e agradecer-vos.

Vossa, na Luz, em Paz, em Amor e Profunda Gratidão,

Hazel

Obrigada, Senhor Lixo

Há quanto tempo é que não aparecia aqui um post sobre os meus achados do lixo, hã? 
Desde a Idade Média, pelo menos!

No fim-de-semana passado, achei esta deliciosa cadeira de baloiço que alguém deitou fora. 
Ah, era mesmo o que a minha varanda precisava.

Trouxe-a comigo para começar um novo capítulo na história da sua vida, que ainda não terminou. Ainda há muitas tardes de Sol para balançar ao som dos passarinhos e com um livro no regaço. Bem-vinda!

Na gandaia,