Aviso importante


SENHORAS TESTEMUNHAS DE JEOVÁ,
NÃO ESTOU INTERESSADA EM RECEBER MAIS FOLHETOS VOSSOS.
SEM QUERER SER INDELICADA... POR FAVOR, NÃO VOLTEM MAIS (SOU UM CASO SEM SALVAÇÃO!).
OBRIGADA E BOA SORTE!

ASSINADO...

Não é anedota. É sério, mesmo! Afixei este aviso na minha porta de casa (vai fazer as delícias dos meus vizinhos...!).

É que já não aguento mais.

Estão todos autorizados a copiar e colar nas vossas respectivas portas, pois elas vão andar por aí que nem loucas para compensar a perda da minha alma, que pensavam estar quase a salvar!


Livros, baús antigos... outro tesouro!


Foi num Domingo feio e cinzento, há cerca de uma semana. Nem sequer tínhamos planos de sair.

Mas, lá acabámos por ir passear, e, por pura e enorme Sorte, encontrámos mais um tesouro.

Foram mais de 120 livros, que recuperei do "lixus".

Alguns deles, centenários.






Com muita paciência e carinho, limpei um por um, organizei, separei por assuntos...

Sabem como gosto de livros... podem imaginar que essa tarefa não me custou absolutamente nada.

A cozinha é sempre o centro destas operações.

Todos os livros foram manuseados com o devido respeito, mas, infelizmente, a nossa estante já está sobrelotada, pelo que concluí que não posso ficar com todos.

Depois de passar a estante a pente fino, escolhi estes livros, que vou doar à Biblioteca Municipal.

Não estou com pena.

Pelo contrário, fiquei contente, pois é uma forma de preservar os livros, e entregá-los a uma entidade que irá armazená-los e tratar deles com a dignidade que merecem.

Eis o grande segredo...: Sempre que acho alguma coisa, faço com que mais alguém receba um pouco do que recebi.

E, quanto mais dou... mais encontro. Acreditem, se quiserem. Este segredo é simples, mas poderoso. Deitar fora... jamais!
Pensam que a história acaba aqui?! Não... ainda só começámos.

Juntamente com os livros, achei este baú antigo. Está maltratado, mas não resisti à sua beleza antiga.

Não me lembrei sequer de abri-lo, acreditam?

Colocámo-lo no carro sem saber o seu conteúdo. Agora, parece uma coisa óbvia, mas, no momento, ficámos tão encantados com o seu aspecto de baú dos piratas, que nem nos ocorreu que tanto poderia conter um tesouro, como alguma coisa horrível.

Mas, como as pessoas bem-intencionadas geralmente têm sorte, o seu conteúdo era, essencialmente... bonecas.

Estavam muito degradadas, já mesmo em decomposição. Não tinham recuperação possível, por isso, coloquei-as num ecoponto. Mesmo assim, deixei-as sentadas no chão; não tive coragem de deitá-las lá para dentro.

Contudo, este boneco, apesar de muito velho, de ter a cabeça partida e os olhos tortos, não queria ficar com as bonecas. Quis vir comigo!

Está também na cozinha, à espera de uma limpeza delicada e minuciosa.

Uma destas noites, quando fui beber água - já me tinha esquecido que o tinha - vi aqueles olhos... e aquela cara... assustei-me! BU!

De dia tem um ar simpático, mas, à noite, assemelha-se-me algo sinistro. Se calhar, é porque não estou ainda habituada a ele.


Além da bonecada, havia este pequeno baú dentro do grande.

Foi a descoberta de que mais gostei.

Digam lá... não é lindo??


Outra perspectiva.

Olho para ele e faz-me sonhar...

Finalmente, o sítio perfeito para guardar os meus brincos!
Até o interior é bonito.

Mas... estou triste. Ele está cheio de bicho da madeira, assim como o baú grande.

E agora, o que faço?

São centenas e centenas de buraquinhos.

Se coloco no nosso quarto, arrisco-me a contaminar o resto da mobília.

Aqui está uma ampliação do que o bicho faz à madeira.

Será que trouxe uma fonte de problemas para casa?

Será que se colocar ao Sol, se resolve por si mesmo?, E Sol, que é dele?

Aceito conselhos, sugestões, dicas...

Apesar da questão do bicho... foi um grande achado!!

A Bruxa do Inverno

Inventei esta história, porque o L. tinha a mania de me fugir na rua... não é tão romântica como a do Menino que descobriu a casa do Pai Natal, mas, acreditem, foi-me imensamente útil (ehehehe):

Era uma vez um menino que fora com a mamã ao Parque.

Ele era muito carinhoso. Colhia flores para a mamã, dava-lhe beijinhos, abraçava-a...

Mas, às vezes, por travessura, afastava-se dela, e começava a correr, fazendo-a ficar muito aflita quando o perdia de vista.

Numa das vezes em que fugiu da mamã, aconteceu uma coisa inesperada; começou a ficar muito vento, e surgiu, vinda de trás de um tronco de árvore, uma estranha mulher.

Tinha os cabelos brancos e compridos até ao chão. As mãos eram folhas secas de árvores, e o vestido era feito de neve e de vento uivante... essa mulher era a Bruxa do Inverno.

- Olá, doce e lindo menino... gostas de guloseimas? - Disse-lhe numa voz sibilante.

O menino não respondeu. Ficou assustado. Olhou em volta, mas não via a mamã.

Por artes mágicas, ela levou-o preso no seu vestido a voar para um reino distante. O menino chorava e gritava pela mamã, mas a malvada levou-o sem hesitar para o castelo onde vivia.

Sentou-o à mesa, e estendeu-lhe um prato cheio de pedras.

- Toma. É o teu jantar.

O menino recusou comer as pedras, e pediu para voltar para a mamã.

- Seu ingrato! Sendo assim, vais já para o teu quarto!

Ela trancou-o num quarto escuro e frio, cheio de pedras no chão. O menino sentou-se num canto e soluçou desesperado.

As suas lágrimas eram tantas, que escorriam pela cara abaixo, pela camisola, e até lhe entravam para dentro dos bolsos.

De repente, sentiu algo mexer dentro de um bolso. Enfiou a mão, e tirou de lá uma flor, que tinha colhido no Parque para dar à mamã. As pétalas da flor começaram a mexer-se sozinhas.

O menino, espantado, parou de chorar e ficou a observar o que iria sair dali...: Uma Fada!!

Pequenina, cintilante e linda, linda....

Contou-lhe o que tinha acontecido, e a Fada prometeu ajudá-lo, desde que ele nunca mais voltasse a fugir da mamã.

A Fada agitou a sua varinha de condão, e, de repente, todas aquelas pedras que estavam no quarto se transformaram em meninos. Tinha sido a Bruxa do Inverno que, por maldade, os tinha castigado assim.

Depois, todos os meninos deram as mãos, fecharam os olhos, e disseram um poema mágico que a Fada ensinou:

Com a Fada vou voar
até a minha mamã encontrar.
Serei um menino bem comportado,
e jamais voltarei a sair do seu lado.

Quando o menino voltou a abrir os olhos, já estava em casa. A mamã estava deitada na sua cama. Tinha adormecido a chorar, agarrada ao boneco preferido do seu filho.

O menino deitou-se aninhado na mamã, e na manhã seguinte, abraçaram-se e ele prometeu nunca mais voltar a fugir.

E a Bruxa do Inverno, perguntam agora?

Essa malvada sem coração ficou furiosa pela fuga dos meninos, e anda por aí às escondidas, enquanto espera pelo próximo menino que fuja da sua mamã...

[Protegido por Direitos de Autor.]

O nosso presépio

A Casa Claridade deseja a todos os leitores um Feliz Natal!

Deixo-vos algumas fotos do nosso presépio, que é um pouco maluco (condiz connosco!). Cliquem nas imagens, para ver ampliadas.

Agora, com licença, que vou vestir a minha capa de Mulher-Maravilha, e cuidar do L., que está outra vez adoentado, arrumar a casa, dar uma limpeza, fazer uns doces para o Natal, acabar de organizar os presentes, e nem sei mais o quê.

Feliz Natal!!!

Trazer riqueza para dentro de casa



Os barcos (e outros elementos relacionados com o mar), são muito benéficos nas salas e entradas, desde que estejam com a proa a apontar para o interior da casa, o que simboliza dinheiro a entrar.

Nunca coloque um barco virado para a casa-de-banho, pois seria como deitar fora as suas hipóteses de riqueza.

Os barcos com velas, como este, são especialmente auspiciosos, e se pretende aumentar o seu poder de atracção de prosperidade, coloque dentro deles moedas e notas.

Hazel

Inspiração Vodu e um abat-jour cintilante

O abat-jour verde escuro deste candeeiro dava-lhe um aspecto formal que não condizia muito comigo.

(esta é a foto do "antes")

Então, num momento de inspiração meio vodu, peguei num alfinete e furei, furei, furei...

... e agora até ficou muito engraçado (ver imagens abaixo); parece um céu estrelado. Não imaginam o efeito cintilante que faz no nosso quarto.

As fotos não lhe fazem justiça, mas ficou mesmo um encanto (modéstia às favas!).

Pintei o pé todo com tinta de cor de ouro velho, que ainda estava a secar no momento da foto (por isso, tem uma folha de papel em baixo), e fiquei tão contente com o resultado, que não podia deixar de partilhar esta ideia:

- Se tiverem abat-jours escuros.... furem-nos!

O menino que descobriu a casa do Pai Natal

Conforme prometido, eis a minha história (espero que gostem e a contem aos vossos filhos/alunos):

Era uma vez um menino que foi passar o Natal em casa da avó.

A avó vivia numa casa muito grande e antiga, e ele ficou a dormir no quarto azul, no andar de cima.

Esse quarto nunca era utilizado, mas despertou a curiosidade do menino, devido a um baú invulgar que lá havia. Quando já todos dormiam a sono solto, o menino acendeu a luz, saiu da cama, e ajoelhou-se em frente ao baú. Abriu a tampa e - nem imaginam! - Lá dentro havia uma floresta. Sim, uma verdadeira floresta mágica...

Ele entrou no baú, e imediatamente, viu-se rodeado de muitas árvores de frutos.
Tudo à volta era lindo!

Havia uma macieira que tinha maçãs tão vermelhas e brilhantes como nunca tinha visto. Estendeu o braço para colher uma maçã, quando, de repente...

- Fssssssssss......... Estas maçãs são minhas! - Falou uma cobra, que se revelou sinuosamente por entre os ramos.
- Oh desculpe, Sra. Cobra. Não sabia. As maçãs são tão bonitas. E eu só ia tirar uma.
- Eu dou-te uma maçã, menino. Mas primeiro trazes-me aquele ananás ali ao fundo, vês?

O menino dirigiu-se a um ananás que estava no chão, mais à frente, e começou a puxá-lo.
- Oh não!! Por favor, não, não, não! Não me faças mal! - Implorava um ratinho, de olhos vivos e bigodes compridos, que saiu lá de dentro.

O menino ficou espantado.
- Olha... um ratinho! Tu vives dentro do ananás?!

A cobra tinha-o enganado. Ela não queria o ananás, mas o ratinho que lá vivia dentro.
O menino e o ratinho ficaram amigos, e este, para lhe agradecer por ter tido a sua vida poupada, decidiu mostrar-lhe um sítio especial, que nunca tinha sido visto por ninguém de fora da floresta mágica.

Depois de muito caminharem, chegaram a um lugar onde tiveram uma visão espantosa: uma bola de vidro enorme, gigante, colossal!

- Uau... que sítio é este, ratinho?
- Shhh... já vais ver. Aproxima-te mais.

Dentro da bola de vidro gigante havia uma casa, duendes apressados e música a tocar.

- É uma fábrica de brinquedos?! - Perguntou o menino, maravilhado.
- Oh... mais do que isso... É a casa do Pai Natal. - Esclareceu o ratinho.

Ele aproximou-se mais, até ficar com o nariz encostado ao vidro, quando, de repente...
- Olhem, manos! Está ali um menino! - Gritou um dos duendes.

O menino esboçou um sorriso tímido, e meio assustado, sem saber se deveria ficar ou fugir daqueles invulgares seres de orelhas pontiagudas, olhos grandes e sapatos compridos.

Os duendes ficaram contentes por finalmente terem conhecido um menino a sério, e imediatamente o convidaram a entrar. O menino, depois de ter percebido que não havia perigo, aceitou. Mas como poderia passar através do vidro para dentro da bola?

- Só os seres mágicos é que conseguem entrar e sair. Mas o Pai Natal pode fazer um feitiço que te vai fazer entrar. Espera um pouco.

- Rooooooonc! Ronnnnncc! - O Pai Natal dormia uma sesta, e ressonava tranquilamente.
- Pai Natal... Pai Natal.... Pai Natal!!!
- Ronnn... hã? Hum? Ah... Olá, Duende Lino.

O duende contou que havia uma rara visita. Momentos depois...

- Vupt! Vapt! Vjuzzz plin! - O Pai Natal fazia gestos no ar e dizia estranhas palavras com poderes mágicos. Num piscar de olhos, o menino já estava dentro da bola de vidro.

- Então e o meu amigo? - Apontou para o ratinho, que dizia adeus, enquanto se preparava para regressar ao seu ananás.
- O ratinho tem de voltar, pois tem de tomar conta do ananás. É a sua missão.

Os duendes e o Pai Natal mostraram ao menino o mundo encantado que havia dentro da bola de vidro. Havia brinquedos por todo o lado, guloseimas, passarinhos, instrumentos musicais que tocavam sozinhos por magia, e um cheirinho a chocolate quente no ar.

O menino brincou muito, comeu doces, e depois o Pai Natal disse:
- Está na hora. Tens de voltar para casa.

O menino já não sabia o caminho de regresso, e começou a chorar.

- Tem calma, meu menino. Não tarda nada, já estás na tua caminha. Olha quem vem aí.
Era uma rena pequenina, de pêlo castanho e sedoso.
O menino subiu para a rena enquanto o Pai Natal segredava qualquer coisa ao ouvido do bichinho.

Ela começou a voar, e o menino, com medo de cair, fechou os olhos com força e agarrou-se às pregas do pescoço da rena, enquanto ela atravessava o céu negro e estrelado.

De repente, o menino deixou de sentir o vento nas orelhas, e quando abriu os olhos... estava agarrado ao cobertor da sua cama.

Ao lado da sua almofada ficou um Pai Natal de chocolate, que ele comeu, e voltou a adormecer no conforto da sua caminha.

[Protegido por Direitos de Autor.]

Oferta dos Gnomos

Não é sobre a fada azul. Nem sobre o cogumelo.
É sobre o tronco de árvore.

É um dos meus últimos achados do "lixus". Encontrei-o num fim de tarde de chuva e trovoada.

Ainda hoje não entendo como é possível que tivesse chovido tanto nesse dia, e o tronco, que estava ao ar livre, estivesse absolutamente seco quando lhe toquei. Parecia que tinha um guarda-chuva invisível a protegê-lo.

Já agora, para o caso de perguntarem, vinha sem acessórios (fada e cogumelo), claro. Mas o buraquinho é de origem. Achei interessante. Parece uma janela para os gnomos espreitarem. Até pode ser... ;-)

O cantinho das histórias do L. há muito que precisava de uma mesa de apoio para o candeeiro. E lá foi ele, para esse recanto, que tem sido criado aos poucos.

Assim tem nascido esta casa; com objectos que compramos, outros que nos dão, e muitos outros, frutos do acaso, que vão encaixando uns nos outros até fazerem (ou não) alguma espécie de sentido.

Que engraçado... tenho pena por não se conseguir ver nas fotos, mas o título do primeiro livro antigo que está em cima do tronco/mesa é...: "Après la pluie, le beau temps" (= depois da chuva, o bom tempo) -

Há dias...

Sono, frio e impaciência.

Há dias em que custa mais enfrentar o Inverno, as pessoas, o espelho, o trânsito e os pensamentos gritantes.

Há dias... em que adoraria poder apenas ficar refugiada em vale de lençóis.

Há dias em que acordo rabugenta, chata, e nem para mim própria tenho paciência.

Há dias em que fazemos perguntas parvas, tais como "porque é tão importante a posição dos ponteiros do relógio, se estão um milímetro mais para um lado, ou para o outro?", e os movimentos peristálticos se acentuam.
Há dias assim... mas depois passam.

Atrair a prosperidade

Esperei pela Lua Crescente para partilhar esta simpatia.

O milho é um símbolo de fartura e prosperidade.

Durante esta fase lunar, numa 5ª feira, lave as mãos em água da nascente e acenda um incenso de canela.

Coloque 7 grãos de milho na palma da mão e passe-a por 3 vezes no fumo do incenso, enquanto pensa na prosperidade que este ritual lhe irá trazer. Deposite os 7 grãos de milho num lugar alto, mais ou menos no centro da sua casa. Será o seu novo lugar, para que exerçam a sua magia.

Saiba que o principal ingrediente de um feitiço... é a sua força espiritual.
Acredite, e terá.

Finalmente... o Natal.

Ontem foi Feriado em Portugal.

Abrimos, finalmente, as portas ao Natal e a toda a sua magia...

Vestimos a nossa velha árvore com todas as decorações que tínhamos guardadas, fizemos o presépio, e mais algumas coisas, que irei mostrar proximamente.

Ainda está tudo incompleto. Falta acrescentar musgo e folhas de plátano, como fazemos todos os anos, mas o clima ainda não deixou (chuvas e trovoadas em Portugal).

Presente do Brasil!

Sabem aqueles dias em que tudo começa por correr tão mal, que só falta aparecer um cão, alçar a perna, e fazer-nos chichi para cima?

Hoje o meu dia começou assim. Fui levar o L. à escolinha, e regressei a casa chateada com algumas contrariedades que irei resolver.

Além disso... dia cinzento e frio... consulta no Dentista marcada para de tarde...
Estava sem inspiração para fazer um post. - E sabem como isso nunca acontece...

De repente... tlim tlom..... (a campainha da porta). Era o carteiro.
- É a senhora Hazel?
- Sim. É uma encomenda do Brasil??
- Assine aqui, por favor.

Uma caixinha (usei o Photoshop para apagar as nossas moradas)...
... uma cartinha amorosa... - Margaret, que caligrafia linda... adoro esse "M"...!
E a florzinha, que detalhe tão querido.
Abro a caixa, e dentro de um saquinho estavam rolos e rolos de fitas do Senhor do Bonfim da Bahia. Tantos!!!
.... e que lindos... de tantas cores...

As fitas do Senhor do Bonfim são um talismã que protege quem as usa, e ainda mais, se forem oferecidas (Obrigada, Margaret!).
Para além de protecção, concedem 3 desejos a quem enrolar a fita com 2 voltas no pulso, e der 3 nós. A cada nó é feito um pedido. Os pedidos serão concedidos quando a fita se partir naturalmente.

Margaret... obrigada pelas fitas. Adorei! Fiquei muito feliz por recebê-las. Alegraram o meu dia, e iluminaram o meu estado de espírito, que hoje estava com uma nuvenzita por cima...!

O mundo, dos olhos de uma criança

Toda a gente já conhece a célebre cena do filme "O Clube dos Poetas Mortos", em que o professor ensina os alunos a subir para cima das secretárias, como forma metafórica de ver o mundo de uma perspectiva superior.

O que ninguém sabe é que, às vezes... eu faço precisamente o contrário disso!

Ajoelho-me no chão, e olho para cima (já estou a imaginar meio mundo a rir de mim). Sou um pouco estranha, pois (em sussurro: é mais divertido assim...).

Mas, depois de dizer o motivo, quero saber quantas mães por aí vão passar a fazer o mesmo. Quero mesmo.

Eu explico. O meu filho tem 3 anos, quase 4. Quero que tenha uma infância tão bonita e mágica quanto me for possível.
E coloco-me de joelhos para me lembrar de como é ver o mundo pelos olhos de uma criança. Ponho-me da sua altura, para ver como ele vê a nossa casa.

Foi aí que surgiu esta ideia...

Atei uma linha branca (das de coser, mesmo) ao candeeiro da cozinha e a outra parede, e nela penduro pequenas fitas de papel colorido (claro...) e estas bolinhas de Natal, que aqui ficam o ano inteiro, porque na nossa cozinha... é sempre Natal.

Esta decoração está assim há mais de um ano. Não há motivo para não se viver sempre num ambiente festivo. E o L. adora, isso é o mais importante...

Viver em technicolor

Seria incapaz de viver durante muito tempo numa casa toda branca. Nada contra o branco, mas prefiro viver em technicolor...!

Gosto da expressão, do estímulo visual, e de sentir as diferentes e tão nítidas vibrações que cada cor emana, ao sair de um quarto e entrar noutro.

Os silêncios profundos dos azuis, a meiguice adocicada dos cor-de-rosas, os sussurros alegres dos amarelos, os risos divertidos dos laranjas, o embalo flutuante dos verdes... (também, poderá isto ser os primeiros indícios de esquizofrenia...)

Esta parede cor-de-rosa pertence ao nosso escrinásio - palavra aqui de casa, que corresponde à contracção de escritório + ginásio.

É um quarto pequeno, mas muito funcional, onde está localizada a "sede" da Casa Claridade, onde se passa a ferro, engraxam sapatos, e faz-se ginástica. Raramente está arrumado!

Esta espécie de penduricalho que vêm pendurado no batente da porta é a armação de um abat-jour, que desmanchei, e decorei com fitas de seda e pequenos objectos (quem leu o post da cómoda reciclada, já sabe da minha paixão por fitas coloridas).

Transformou-se num objecto sem nenhum sentido prático. Não é um candeeiro, nem um espanta-espíritos. Nem sei explicar muito bem o que é, mas alegra-me vê-lo todos os dias. E recorda-me que a vida não é para ser levada assim tão a sério. São estas as suas funções.

Neste dia tão frio, sabe bem entrar em casa, e ser-se abraçado por estas paredes alegres e coloridas.

Tesouro encontrado no lixo

Eu sou aquela pessoa que, quando se lembra de atravessar a rua uns 2 metros ao lado do sítio habitual... quase sempre encontra uma moeda no chão.

Se vamos de carro, e por algum motivo imprevisto, temos que nos desviar para outro caminho secundário... quase sempre achamos alguma espécie de tesouro.

Sim, quase sempre. São tantas as vezes que isso acontece, que abri uma nova Divisão na Casa Claridade - Arca do Tesouro - onde irei partilhar algumas destas experiências.

Este fim-de-semana achámos um verdadeiro tesouro. A caminho de Sintra, vimos um saco transparente cheio de livros, junto ao lixo.

Há 2 coisas que nunca deixo para trás: plantas e livros. Temos enorme respeito pelos livros, e tratamo-los sempre com cuidado e carinho, como se fossem seres com alma. E, no fundo, até são...


Salvámos esta colecção...

Grandes autores: Goethe, Machado de Assis, Camilo Castelo Branco, José Régio...








Também salvámos estes...

Reparem no primeiro título:
"O Livro das Lendas"...
Deve ter histórias fantásticas.






E agora... os mais especiais...


"Voyage au tour du monde - Capitaine Francoeur", par Raymond.

Não lhe encontro data, mas vê-se que deve ter muitos anos.














O primeiro é de 1912.
O segundo, de 1896.

Têm 96 e 112 anos, respectivamente.










Aquele de que mais gostei.

A capa é linda, linda...
É antiquíssimo, embora não tenha lhe encontrado data.















A contracapa, de tecido, que não podia deixar de fotografar.

















Mais alguns, igualmente antigos... e um pouco maltratados.




















Outra perspectiva dos mesmos.

Mesmo maltratados, são lindos.

Que encanto têm estas velhas folhas.











Todos estavam no lixo, prestes a um destino muito triste e inglório.
Felizmente, vimo-los a tempo. E adoptámo-los.

Terão, agora, uma vida dignificante, e serão tratados com o carinho e respeito que merecem.

Para algumas pessoas, isto é lixo. Para mim... é um tesouro.