Este post escreveu-se mentalmente na minha cabeça durante a madrugada de 6ª feira, enquanto os vizinhos de cima arrastavam móveis de forma descontrolada, como se estivessem a jogar xadrez com sofás, cadeiras e cómodas gigantes.
Admito que posso ter tido alguns pensamentos homicidas. E desculpo-me a mim mesma pelas torturas medievais que me imaginei a submetê-los, porque eu sou uma flor de vizinha e não mereço ser privada do meu sono.
Há algumas regras de educação e bom-senso para que seja possível viver de forma salutar e satisfatória num prédio. Procuro cumpri-las todas.
Não posso dizer que nunca falhei, mas, se o fiz, foi acidental, e jamais por não me importar com a paz alheia (OK!, excepto na adolescência, quando ficava sozinha em casa e aumentava o volume da música. Mas era boa música. Foram os anos '80, estou ilibada de culpa?)
Então, e o que é isso de ser um Bom Vizinho?
Um Bom Vizinho é quase uma espécie de super-herói pachola. Três vivas aos bons vizinhos. Três? Não, dez vivas, que eles merecem.
Um Bom Vizinho nunca...
(podeis imprimir isto, Senhores, e colar nas paredes dos prédios por este mundo fora!)
... deixa que a roupa estendida fique a tapar a janela dos vizinhos de baixo (p. ex.: lençóis grandes), nem estende roupa que não foi torcida/centrifugada e fica a escorrer água para os outros estendais;
... faz sardinhadas ou grelhados na varanda/janela, que ficam a encher a casa dos outros vizinhos de fumo e cheiro intenso;
... arrasta móveis à noite;
... martela ou faz furos com berbequim num Domingo de manhã cedo. É um clássico, em todos os prédios tem de haver um chato que esburaca paredes nas manhãs de Domingo;
... deixa o saco do lixo à porta de casa, nas escadas comuns;
... anda de sapatos de salto alto dentro de casa;
... permite que as visitas façam barulho que incomode os vizinhos;
... põe música alta, ou toca instrumentos musicais alto;
... atira com cinza, beatas de cigarro ou outro lixo para a varanda dos vizinhos de baixo;
... sacode tapetes para cima da roupa estendida dos vizinhos, ou quando estes têm as janelas abertas. Pode sempre pedir-lhes antes que fechem as janelas por uns minutos;
... tem a cama de casal mal aparafusada. If you know what I mean, ninguém quer ouvir, ninguém quer saber e, pior, ninguém quer imaginar;
... deixa que o seu cão passe o dia ou a noite inteira a ladrar;
... leva o cão para fazer as necessidades em frente à entrada do prédio dos outros. Ou do próprio prédio onde mora;
... estaciona ocupando dois lugares de estacionamento.
Não é assim tão difícil preservar o bem-estar dos outros, da mesma forma que gostamos que preservem o nosso. São as pequenas cortesias que sustentam as estruturas para um mundo melhor.
Uma flor de vizinha,
Hazel
Admito que posso ter tido alguns pensamentos homicidas. E desculpo-me a mim mesma pelas torturas medievais que me imaginei a submetê-los, porque eu sou uma flor de vizinha e não mereço ser privada do meu sono.
Há algumas regras de educação e bom-senso para que seja possível viver de forma salutar e satisfatória num prédio. Procuro cumpri-las todas.
Não posso dizer que nunca falhei, mas, se o fiz, foi acidental, e jamais por não me importar com a paz alheia (OK!, excepto na adolescência, quando ficava sozinha em casa e aumentava o volume da música. Mas era boa música. Foram os anos '80, estou ilibada de culpa?)
Então, e o que é isso de ser um Bom Vizinho?
Um Bom Vizinho é quase uma espécie de super-herói pachola. Três vivas aos bons vizinhos. Três? Não, dez vivas, que eles merecem.
Um Bom Vizinho nunca...
(podeis imprimir isto, Senhores, e colar nas paredes dos prédios por este mundo fora!)
... deixa que a roupa estendida fique a tapar a janela dos vizinhos de baixo (p. ex.: lençóis grandes), nem estende roupa que não foi torcida/centrifugada e fica a escorrer água para os outros estendais;
... faz sardinhadas ou grelhados na varanda/janela, que ficam a encher a casa dos outros vizinhos de fumo e cheiro intenso;
... arrasta móveis à noite;
... martela ou faz furos com berbequim num Domingo de manhã cedo. É um clássico, em todos os prédios tem de haver um chato que esburaca paredes nas manhãs de Domingo;
... deixa o saco do lixo à porta de casa, nas escadas comuns;
... anda de sapatos de salto alto dentro de casa;
... permite que as visitas façam barulho que incomode os vizinhos;
... põe música alta, ou toca instrumentos musicais alto;
... atira com cinza, beatas de cigarro ou outro lixo para a varanda dos vizinhos de baixo;
... sacode tapetes para cima da roupa estendida dos vizinhos, ou quando estes têm as janelas abertas. Pode sempre pedir-lhes antes que fechem as janelas por uns minutos;
... tem a cama de casal mal aparafusada. If you know what I mean, ninguém quer ouvir, ninguém quer saber e, pior, ninguém quer imaginar;
... deixa que o seu cão passe o dia ou a noite inteira a ladrar;
... leva o cão para fazer as necessidades em frente à entrada do prédio dos outros. Ou do próprio prédio onde mora;
... estaciona ocupando dois lugares de estacionamento.
Não é assim tão difícil preservar o bem-estar dos outros, da mesma forma que gostamos que preservem o nosso. São as pequenas cortesias que sustentam as estruturas para um mundo melhor.
Uma flor de vizinha,
Hazel
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