Suculentas invulgares em vasos miniatura

Neste fim-de-semana, num passeio pela zona de Sintra, encontrei esta planta a nascer no chão. É mais uma espécie de suculenta. Bem bonita e invulgar, por sinal. Pedi licença à Natureza, e colhi-a, para nos alegrar com a sua companhia.

E os vasinhos? A foto fá-los parecer grandes, mas, para terem noção do seu tamanho, o mais pequeno tem o diâmetro do tamanho de uma moeda de 2 euros.

Tinha-os guardados à espera que aparecesse uma planta de dimensões proporcionais. O que é engraçado acerca deles, para além do facto de terem sido achados no lixo (Ah! Ah! Ah! Já perdi a vergonha toda!), é que encontrei-os na véspera de Santo António, e são vasinhos alusivos à data.

No maior, está pintado um cravo e o seguinte poema:

"Neste dia de Santo António
Ao romper da madrugada
Colhi este lindo cravo
Para dar à minha amada."

E é o cravo a minha flor preferida... Vivó lixo da minha zona!

Ao lusco-fusco...

Sabem o que é o "lusco-fusco"?

É aquele curto período de tempo, ao fim do dia, em que o Sol acaba de se pôr, mas ainda resta um pouco de claridade. Não é já dia, mas também, ainda não é noite.
Dura alguns minutos.

Eu não gosto do lusco-fusco. Acho triste. Recorda-me outras encarnações. Nem vos digo mais, para não dizerem que sou doida.

Mas, nesse momento mágico, em que a parte que habito do Planeta Terra começa a virar-se de costas para o Sol, devo agradecer por tudo de bom que o dia me trouxe.

Pois, recebi, nos últimos minutos de lusco-fusco, um presente inesperado, que tanto prazer me deu, e acrescentei aos meus pensamentos de agradecimentos.

Alguém, que nem sequer me conhece pessoalmente, ofereceu-me um álbum, que muito aprecio, e escreveu-me um bilhete, que guardarei com gratidão.

Fiquei muito agradecida e sensibilizada. OBRIGADA.

Acredito em mensagens do destino, e recebo muitas.

Pois, reparem no nome do álbum, "The evolution of...", e na imagem. Este é, realmente, um ano de evolução para mim, como previsto.

Obrigada, C., pelo CD, que vai fazer as minhas delícias, pelo bilhete, e pela mensagem divina que transportaste. Adorei!!!

P.S. - Para proteger a tua identidade, neste mundo maluco que é a internet, "apaguei", informaticamente, algumas informações do bilhete, e deixei apenas o essencial.

Prevenir Humidades

Este post foi concebido especialmente para os amigos e amigas do Hemisfério Sul, que têm o Verão desencontrado do nosso, e pediram-me conselhos sobre como prevenir os problemas de humidade em casa.

Pois é, meus queridos amigos, a humidade é lixada... O mal é aparecer. Por isso, o melhor conselho que vos posso dar é a prevenção.

Para isso, é de importância fulcral que arejem a vossa casa todos os dias, o máximo possível. Eu sei que é difícil, pois quando abrimos as janelas, entra frio, mas é importante renovar o ar, e o vento que entra sempre ajuda a secar as paredes.

Tentem, pelo menos, arejar os quartos, logo que se levantem de manhã.

O vosso aliado número 1 nesta batalha contra a humidade é o desumidificador. Usem e abusem dele. A água que fica no reservatório não deve ser usada para regar as plantas, por conter impurezas, mas podem (e devem) reaproveitá-la nos autoclismos.

Quando cozinham, tenham o cuidado de fechar a porta da cozinha para que o vapor dos alimentos não vá para o resto da casa, e abram um pouco da janela da cozinha para entrar ar.

Nas casas-de-banho, aconselho que instalem mini-exaustores (ou extractores de ar, não sei como se chama aí) nas condutas de ar, para ajudar a eliminar os vapores dos banhos.

Para situações em que a humidade já apareceu, tem que ser totalmente eliminada, para não haver reincidência. Sei que existem produtos específicos para isso nas lojas de tintas, mas são caros e creio que ineficazes. O ideal é a lixívia (vocês chamam “água sanitária”). Em casos mesmo agudos, usar mesmo pura.

Um precioso conselho final: Quando pintarem as vossas casas, comprem aditivo anti-bolores para misturar com a tinta. E nunca pintem sobre paredes com manchas de humidade, pois, embora pareça ser uma solução fácil e rápida, ela reincide sempre, por isso, devem sempre eliminá-la antes.

Joanne Harris

Há algum tempo que queria iniciar uma divisão na Casa Claridade onde pudesse falar um pouco sobre as minhas coisas favoritas.

Não sou consumista, mas gosto de ter muitos livros. Não conseguiria conceber a minha vida sem eles. Até quando era adolescente e não tinha dinheiro para os comprar, arranjava sempre forma de poder ler, pois pedia emprestado, ou requisitava na Biblioteca Itinerante.

Umas vezes, leio-os compulsivamente de uma ponta à outra; mas já houve casos em que levei cerca de um ano a terminar um livro.

Já dos livros da Joanne Harris não posso dizer o mesmo. São absolutamente divinais.
Adoro os seus livros, e fico sempre cheia de pena quando chegam ao fim. Cada livro é completamente diferente do outro.

Até as capas são maravilhosas. Não se nota bem na foto, mas as imagens têm relevos. Uma obra de arte. Até poderia decorar a casa com elas! Aqui, sim, poder-se-à dizer que a forma é proporcionalmente semelhante ao conteúdo: deliciosos!

Não me aguento, tenho que contar-vos uma coisa de que me lembrei agora. Eu sei que a maledicência é coisa feia, mas toda a gente já fez isso, pelo menos, uma vez na vida. Deixem-me manter, então, a estatística: uma vez, conheci um simpático casal, que não gostava de ler. Não tinham nem um (1!) único livro em casa. Acho que só liam o Jornal "A Bola" e as revistas de fofocas. Mas há mais pessoas assim, o que é uma pena. Nem sabem o que perdem por não gostarem de ler.

Mas adiante: esse casal usava listas telefónicas para decorar (vulgo preencher) a estante da sala. Ai meu Deus... eu que adoro livros, quando vi essa "biblioteca" de listas telefónicas, tive que conter o riso. Não foi fácil!! - Fim de maledicência.

Mais uma com saias indianas...

Definitivamente, as saias indianas têm muito mais utilidades do que se possa imaginar. Compro-as, porque aprecio as cores, os padrões, e a leveza dos tecidos, mas acabo por não usar da forma convencional (em mim!), por serem transparentes. Uso-as, sim, nas minhas engenhocas.

Tenho um par de tamboretes iguais (na foto só aparece um), que são muito práticos e confortáveis. A única coisa menos boa é que o tecido deles é muito feio.

Então, lá fui eu ao meu roupeiro à procura de ideias, ou por outra, de matéria-prima. Peguei numa saia indiana, que estava ali tão triste, esquecida sei lá há quanto tempo num cabide, uma tesoura e muita paciência.

Cortei-a à medida, forrei os tamboretes, e para dar um toque de frescura para o Verão quente que aí vem, coloquei por cima de cada um... uma fralda de pano que tinha guardada do meu filho.

Afinal, é algodão, é branco e já tem bainha feita.

Funcionou bem, que ninguém diga que não. Ou desta vez excedi-me?