Flor-de-Maio, porque não te chamas Flor-das-Fadas?

É que bem podia ser esse o seu nome, dada a beleza das suas flores. Parecem pequenas Fadas, com os seus vestidos cor-de-rosa.
Ou sou eu que hoje acordei fru-fru?

O seu nome técnico é (preparem-se para se cuspirem todos a tentar pronunciá-lo):
Schlumbergera truncata.

Mas é vulgarmente conhecida como Flor-de-Maio, Cacto-da-Páscoa, Cacto-de-Natal ou Flor-de-Seda.

Propaga-se por estaca. Ou seja, tira-se um grupo de 2 ou 3 dos seus segmentos e coloca-se na terra. Fácil, hã?

Todas as minhas plantas têm uma história de vida muito atribulada, mas esta foi diferente.
Para variar, não a apanhei no lixo. A sério!

Ah! A minha fama de apanhadora de coisas do lixus é tal, que agora ninguém acredita.
Quando mudei para a casa onde vivo actualmente, encontrei-a abandonada no cantinho da varanda, muito triste, cabisbaixa e empoeirada.

Limpei-a, trouxe-a para a cozinha e fui cuidando... até que ela me presenteou assim.
As flores são mesmo a forma da Natureza celebrar a vida.
Quase posso ouvir a flor-de-Maio gritar "iupiiiii!! weeeeeee!!!"
























Dançando com as Fadas,



Escrever com pena

É sem pena nenhuma que hoje escrevo sobre escrever com pena. :)

Esta foi a solução que encontrei para as canetas que estou sempre a perder.

Podia amarrar uma caneta com uma corda à mesa, como se faz nos guichets de consultórios médicos. Podia.

Mas, homessa, que espécie de escriba seria eu, com uma caneta atada a um cordel? Não podia ser. Foi então que olhei para um molho de penas que tenho ali pendurado num prego na parede e se fez luz.

[Olhem que eu não arranco penas às aves, que é lá isso. São penas que vou apanhando do chão quando levo o L. ao parque. Tendo em conta que o L. já tem 8 anos, imaginem! Dava quase para juntar todas e construir um pato.]

Uma caneta de pena é muito fácil de fazer:

Corta-se a pontinha da pena e depois enfia-se a carga de uma caneta Bic (deviam pagar a publicidade) lá para dentro. Se a carga for comprida demais, corta-se até servir. O ideal é que a carga já esteja meio gasta, para não derramar tinta.


















E nunca mais perdi a caneta!

Nas asas da escrita,
Hazel


Bolo de Chocolate


Para que o seu bolo de chocolate saia perfeito, deve começar por colocar esta música a tocar na cozinha. Agora, sim. Estamos prontos!

Ingredientes para o bolo:
- 300 g de açúcar
- 150 g de manteiga
- 200 g de farinha
- 100 g de chocolate em pó
- 7 ovos

Misturar o açúcar com a manteiga derretida.
Juntar as gemas, a farinha e o chocolate misturado num pouco de água.
Adicionar as claras em castelo.
Depois de mexer bem, vai ao forno a 180º numa forma untada e enfarinhada.
Não se esqueça de pré-aquecer o forno, senão...

Ingredientes para a cobertura de chocolate:
- 100 g de chocolate de culinária em barra
- 200 g de manteiga
- 2 ovos inteiros
- 100 g de açúcar pilé

Misturar numa panela em banho-maria o chocolate e a manteiga até derreter, mexendo de vez em quando. Juntar o açúcar e os ovos. Mexer sempre, de forma a fazer o creme.
Derramar sobre o bolo e depois decorar com amor!


Com bigodes de chocolate,

Hazel


Sexta-feira Zen

Às vezes, perdemo-nos na corrida dos ponteiros do relógio.
Deixamo-nos enlear pelos fios do novelo do tempo e, quanto mais nos debatemos, mais aprisionados ficamos. Então, temos de parar. Ficar quietos, apenas a escutar a nossa própria respiração e o pulsar do sangue bombeado pelo coração.

É então que os nossos olhos se reabrem e vislumbramos os finos raios de ouro que o Sol faz penetrar através dos fios que pareciam amarrar-nos os pulsos e os tornozelos, mas afinal nem estavam tão apertados assim.

Soltamo-nos do emaranhado dos fios do tempo, que ordenamos numa bola perfeita para depois tricotar, com a mestria das agulhas de sabedoria, numa colcha de momentos, emoções, histórias, suspiros, começos, remates, mudanças de cor.

É o que faço todas as sextas-feiras. Desligo as fontes de distracção exterior (computador, televisão) e fico apenas a escutar a minha voz interior. 24 horas de estado zen.

Com o pulsar do coração,

Encantamento contra pesadelos

Este encantamento tem origens muito antigas; vem do tempo em que se acreditava que os pesadelos eram obra dos demónios e espíritos nocturnos que atormentavam as pessoas durante o sono.

Para ter uma noite tranquila, colocava-se os sapatos lado a lado junto à cama, um virado para cima e outro para baixo.

Havia a crença de que Mahr*, o espírito maléfico que subia para as camas e oprimia as pessoas durante os seus sonhos, teria de calçar os sapatos antes e, caso estes estivessem trocados, ele ficaria bloqueado.

Na versão original deste encantamento que tem sobrevivido ao longo de séculos, também se colocava uma faca ou outro objecto cortante de ferro debaixo da cama, para protecção, mas essa parte não recomendo - vai que alguém aí é sonâmbulo - fiquemo-nos pelos sapatos!

[Espero não ter contribuído para aumentar os terrores nocturnos de ninguém...]

Mahr é o nome que no Norte da Europa se dá aos espíritos nocturnos. Este termo forma a raiz de diversas palavras europeias para designar sonhos com pesadelos; nightmare em inlglês, maren em dinamarquês, nachtmar em alemão, cauchemar em francês.

Sob os auspícios de Morfeu,